terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Charlatões e charlatonas

"Muito simplesmente [dentro de uns quantos anos] as crianças não irão saber o que é a neve", afirmava, entrevistado pelo jornal The Independent, em 20 de Março de 2000, o Dr. David Viner, cientista sénior da universidade de East Anglia (sede do "Climategate 1.0" em 2009), no Reino Unido, embalado pelos tremores e fervores da eco-teocracia do aquecimento global.


Foto daqui
Mas, dirão, o que importa o que pensava (ainda pensará?) o dr. Viner? Bem, se consultarem esta lista de profecias catastróficas, agrupadas nos clássicos temas do "esgotamento de recursos naturais", "da população e da pobreza" e das "alterações climáticas", haverá que concluir que este não é um caso isolado, perdido num qualquer anedotário da asneira. Não! Há uma série bem numerosa de "eminentes" personalidades, provenientes do meio académico e mediático, que, há décadas, proferem dislates gigantescos sem que, estranhamente, sofram as consequências, académicas e mediáticas dos seus estrondosos e repetidos fracassos na previsão do Apocalipse.

Se pensarmos nos muitos billions já gastos com as "novas renováveis" e com as sucessivas e cada vez mais onerosas restrições "verdes" ao funcionamento das economias, isto é, com impacto nas empresas, nos contribuintes e nos consumidores e, portanto, no bem-estar geral; e se pensarmos nos trillions que os mesmíssimos profetas continuam a tentar convencer os governos (e a opinião pública) a despender para "salvar" a Terra de supostos horrores inomináveis que teimam em não acontecer, perceberemos o quão importante é desmontar a arrogância infinita destes profetas da desgraça, afinal, meros charlatões e charlatonas, como a realidade empírica vem demonstrando.

O quinteto que se segue , de "O Charlatão", de José Mário Branco, parece-me bem ilustrar o que precede fazendo ainda lembrar-me de um certo ex-candidato a presidente dos Estados Unidos que sempre tem conseguido, na perfeição, conduzir os seus (bem) proveitosos negócios enquanto anuncia o Armagedeão ambiental:

Na travessa dos defuntos
charlatões e charlatonas
discutem dos seus assuntos
repartem-s'em quatro zonas
instalados em poltronas

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