Michael O'Leary, CEO da Ryanair, voltou agora a Lisboa já com a ANA foi privatizada. Deu uma entrevista ao Jornal de Negócios (disponível na íntegra em formato digital apenas para assinantes). Julgo particularmente interessantes algumas passagens da mesma (realces meus) reafirmando O'Leary a disponibilidade da sua companhia para poder operar, a partir do Verão de 2013, uma nova base em Lisboa, com operação de 8 aviões, rotas e mais 4 milhões de passageiros (como se anunciou em Março do ano passado).
P: Como vê a privatização da ANA?
R: Provavelmente é algo bom, porque em princípio teremos menos política no desenvolvimento no novo aeroporto, mas penso que isso também trará problemas, porque provavelmente a Vinci [a empresa que comprou a ANA] vai querer aumentar os preços e vai aplicar mais taxas (...)
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P: Sem um segundo aeroporto, continuaria a ser interessante para vocês?
P: Depende das conversações com a Vinci, só com um aeroporto em Lisboa se abre a porta a aumentar os preços. Nós estamos a conversar com a Vinci e achamos que está a correr melhor do que quando a ANA era do Estado, que queria proteger a TAP. A política aqui tem sido proteger a TAP em vez de proteger os consumidores. Portugal está a perder tráfego, porque não cria o ambiente para as companhias “low cost”.
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P: É fundamental um segundo aeroporto?
R: No limite sim, porque o que fizeram em Lisboa foi substituir um monopólio público por uma monopólio privado e isso pode ser perigoso.
P: Este ano vai ser de crescimento para a Ryanair em Portugal?
R: Sim, vamos passar de 3,8 milhões, para 4,2 milhões de passageiros. Espero que seja um bom ano.
P: Este modelo de “low cost” continua a fazer sentido?
R: É o único que faz sentido.
1 comentário:
Não obstante o seu estilo pouco polido que lhe traz detractores o O'leary é a pessoa ligada à aviação comercial com tem a maior capacidade de visão. Ou então o único que fala abertamente. O sucesso da Ryanair fala por si.
A vinda da companhia para Lisboa só pode ser positivo.
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