quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sem ponta de senso


Não, não estou a protestar contra a mutilação que sofreu a palavra anteprojecto neste texto. Protesto sim contra o intervencionismo estatista e imbecil que, evidentemente, já está a abrir portas de oportunidade de calibre como este: Combustíveis "low cost" poderão ser fonte de receita para municípios. Isto é mais ao menos o mesmo que estipular que cada talho de supermercado, que venda lombo, acém e alcatra tem, obrigatoriamente, de igualmente disponibilizar bofe para satisfazer os clientes menos abastados. Logo a seguir à fixação da tabela de coimas, arranjam-se umas brigadas fiscalizadoras (há que combater o desemprego pois claro) e ainda se conclui, como defendia um antigo governador civil, que semelhante actividade (de fiscalização) até dá lucro!

Há muito que defendo a pura e simples extinção do ministério da Economia sendo este apenas mais um exemplo que aduzo para justificá-la. Mesmo quando no governo está uma maioria ultra-neo-liberal (ou especialmente quando tal acontece...).

2 comentários:

Ricardo Anjos disse...

Quanto à extinção do ministério da economia, estamos de acordo...
Já ao considerar este governo de ultra-neo-liberal,... antes fosse!
Este governo é tão socialista como os precedentes. As (poucas) decisões acertadas que têm tomado, emanam da assistência financeira e ou dos credores, e não da sua cartilha ideológica (se é que existe alguma).

Eduardo Freitas disse...

Constato que meu pequeno exercício de ironia não terá sido conseguido. Talvez tivesse sido melhor sucedido caso a opção de caracterização do actual governo passasse por algo como über-ultra-neoliberal. Sempre lhe teria dado um toque germânico...