Andam por aí uns senhores que pretendem reintroduzir o tema da regionalização na agenda política, agora na forma de "região piloto", o que implica alteração no texto constitucional.
Dizem eles que a regionalização será o meio através do qual se combaterá o centenário centralismo lisboeta e que daí resultará um desenvolvimento mais harmonioso do país.
Outros, como eu, são extremamente cépticos quanto a este tema. Pensa-se na introdução artificial de diferenciações territoriais numa nação muito homogénea como é a portuguesa e, sobretudo, teme-se que nasça mais uma camada burocrática que se acrescente às já existentes para dar emprego às clientelas partidárias.
O tema é controverso e pessoas que considero, como Rui Rio, por exemplo, são hoje defensoras da regionalização ao contrário do que defendiam outrora. Quanto a mim, continuarei a manifestar-me contra a regionalização enquanto não se fizer, previamente, um reordenamento radical dos municípios e freguesias cujo desenho data, no essencial dos anos de 1830's. Fará algum sentido mantermos 308 concelhos e 4251 freguesias?
Vejam aqui o que se estima que Espanha pouparia havendo redesenho do seu mapa autárquico municipal à semelhança do que já fizeram países como a Grécia (redução de mais de 80%), Grã-Bretanha (redução de cerca de 75%), Alemanha (redução de 66%) ou a Bélgica (redução de 75%).
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