quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

De "sucesso" em "sucesso" até irmos ao tapete

Ontem o "sucesso" reclamado por Costa Pina na colocação do primeiro leilão de dívida pública do ano foi reconhecido pelos mercados ao nos exigirem uma taxa de juro média superior a 80% da última emissão em Setembro passado para uma maturidade de seis meses e mais de 5 (cinco) vezes a taxa obtida há um ano atrás. Para se ter uma ideia do descalabro, a taxa que íremos pagar relativamente à operação de ontem é igual à que os espanhóis estão conseguir financiar-se para maturidades a 3 anos.

Como as coisas correram "tão bem" hoje, no mercado secundário, as taxas de juro da nossa dívida  a 10 anos voltaram a atingir e mesmo a ultrapassar os 7%. Isto numa altura em que o Tesouro anuncia que para a semana ocorrerá aprimeira emissão do ano de Obrigações do Tesouro.

Perante este panorama não admira que 44 dos 51 analistas (86%) contactados pela Reuters considere que Portugal terá de recorrer à ajuda externa quando em Novembro,em idêntico exercício, a percentagem daqueles que acreditavam ser inevitável tal ajuda era de 68%..

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