sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Homenagem a Liu Xiaobo

A adopção, nos últimos trinta anos, de vários mecanismos de progressiva liberdade económica (ainda que vigiada) tem conseguido arrancar à pobreza extrema centenas de milhões de chineses e, inclusivamente, à formação de uma classe média já relativamente numerosa. Trata-se de um resultado extraordinário, depois das catástrofes, humanas e económicas, como foram o "Grande Salto Em Frente" ou a "Revolução Cultural" que desabaram desgraçadamente sobre a população chinesa sob o regime de Mao.

Agora, que não restem dúvidas: a China continua a viver, políticamente, sob um regime comunista que não hesita, quanto se sente ameaçado, a recorrer à violência extrema. Afinal, foi Deng Xiaoping, já em pleno recuo da economia planificada típica dos países comunistas, quem deu a ordem para que os tanques avançassem sobre os manifestantes de Tiananmen.

Liu Xiaobo foi um dos que participaram nas manifestações na praça da "paz celestial" (estava nos Estados Unidos quando elas começaram mas regressou à China logo que pôde, ainda a tempo de também participar num acontecimento que durou sete semanas) tendo sido preso e condenado por isso, processo que já se repetiu por mais três vezes. A última condenação ocorreu no ano transacto tendo sido condenado a uma pena de onze anos. A minha homenagem a um combatente pela liberdade.

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