Imarem retirada daqui |
Hoje, no DN, numa entrevista ao Prof. João Duque, este, a certa altura, diz o seguinte: "Como funcionário público espero ainda mais dois cortes de 10% no ordenado". Poderíamos pensar que se trata de uma blague, mas não. Infelizmente, não é disso que se trata.
A imagem à esquerda explicita, tomando por referência a Alemanha, qual foi a evolução dos custos unitários do trabalho na primeira década desde a criação do euro. Temos assim que os irlandeses se tornaram relativamente menos competitivos em 35%, a Espanha em 33%, Portugal em 25% e, a Itália e a Grécia em 25% face ao gigante teutónico.
Não havendo política monetária a que se possa recorrer (desvalorização da moeda), repor a competitividade perdida impõe ou um aumento significativo da produtividade (muito pouco crível) ou uma "desvalorização" interna. O mais provável que venha a aconheça é esta última, à custa da redução nominal dos salários. Tivemos oportunidade para tentar outras vias como aumentar o IVA por contrapartida de uma diminuição dos custos incorridos pelas empresas com as contribuições patronais para a segurança social. A dor seria menor e teria tido a vantagem de, em simultâneo se dar uma ajuda à estabilização do nível de emprego. Perdemos essa oportunidade pois o IVA já subiu, entretanto, de 17% para 23%!
(Ver "Socio rico, socio pobre: la diferencia entre Alemania y España en siete imágenes" no Libertad Digital)
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