sábado, 23 de abril de 2011

Uma brecha na muralha dos bancos centrais


Os senhores da foto, da esquerda para a direita, são os presidentes dos bancos centrais dos Estados Unidos, da Inglaterra, do Japão e dos países da zona euro (BCE), respectivamente, Ben Bernanke, Mervyn King, Masaaki ShiraKawa e Jean-Claude Trichet.

Com cambiantes, a missão primordial atribuída a um banco central prende-se com a estabilidade da moeda de cuja emissão está encarregue e é normalmente exercida em regime de monopólio. Por sua vez, a manutenção da estabilidade da moeda está intrinsecamente ligada à evolução do índice geral de preços em cada país/zona e, mesmo, dada a relevância económica destas potências em todo o mundo.

Daí que a recente e ainda que apenas implícita mea culpa (ver documento), por parte do Banco Central do Japão ser co-responsável pela actual alta de preços das matérias-primas seja um momento histórico pois constitui uma autêntica brecha em instituições tipicamente fechadas sobre si mesmas e que se auto-declaram acima da capacidade de errar. O Banco reconhece ter participado, em conjunto com os outros bancos centrais encabeçados pela Fed, em políticas monetárias expansionistas e manutenção de taxas de juro reais negativas (inferiores à taxa de inflação).

Este artigo do Libertad Digital (de onde extraí a foto), sumariza as conclusões do estudo do Banco Central do Japão que acima referenciei.

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