Esta semana, o presidente sírio, Bashar al-Assad, resolveu levantar o estado de emergência vigente no país, ininterruptamente, desde 1963(!) tentando dessa forma libertar alguma da pressão política acumulada e diminuir a vontade de participação nas manifestações anunciadas para hoje. As notícias que vão chegando, evidenciam, pelo contrário, que se terá atingido antes um pico de confrontação entre manifestantes e as forças policiais de que terão resultado dezenas de vítimas das quais 25 mortos, elevando-se assim para 220 o número de vítimas mortais desde que os protestos começaram há seis semanas atrás, segundo o Guardian.
Como os casos da Tunísia, Egipto, Líbia, Jordânia, Barhein e Yémen têm abundantemente mostrado, se é verdade que a revolta contra o status quo mobiliza vários sectores dos respectivos países entre os quais forças democráticas, não há garantia alguma que dos novos "equilíbrios" políticos subsequentes resultem necessariamente regimes mais benignos que os derrubados.
Talvez por isso, o New York Times cite hoje um conhecido blogger sírio dizendo:
«Why do you think there aren’t millions in the street demonstrating against Bashar? It’s not because they’re afraid of the security forces. It’s because they’re afraid of what would replace Assad.»
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