Os dois ministros de Estado do governo Sócrates II não farão parte das listas de candidatos a deputados do PS. O Ferro-Socratista Vieira da Silva foi o porta-voz escolhido para justificar a exclusão dos futuros ex-ministros.
De Luís Amado que, recorde-se, por várias vezes "afrontou" publicamente José Sócrates, é recordado o tratamento de camarada, é explicitamente afirmado que terá "manifestado a sua vontade de não continuar com este tipo de intensidade e de inserção na vida política".
Já quanto a Teixeira dos Santos, Vieira da Silva diz "[u]m partido faz sempre opções. São convidadas umas centenas de pessoas e muitos milhares não são convidadas" e que “ todas as coisas na vida mudam. As coisas começam e acabam. É um acto normal ter acabado”.
Este tratamento pronunciadamente diferenciado é fruto, sem sombra de dúvida, de choque frontal havido com Sócrates por parte de Teixeira dos Santos, provavelmente a propósito do recurso à ajuda do FEEF e FMI. Teixeira dos Santos, que durante 6 anos foi um biombo para Sócrates a quem emprestou a sua aura de "competência", foi o rosto da "consolidação"/embuste da execução orçamental de 2009 seguido de idêntico descalabro em 2010, é despedido sem apelo nem agravo. Moral e profissionalmente merece-o: conduziu-nos, ou deixou que fôssemos conduzidos, ao buraco em que nos encontramos e onde iremos permanecer por muitos anos.
Talvez, ao menos, possa vir a público dizer o que se passou entre ele e Sócrates. Prestaria ao país um serviço. Até lá, shameless!
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