quarta-feira, 26 de junho de 2013

De quantos avisos precisaremos?

Questiona-se Mary Theroux, após as sucessivas revelações de Edward Snowden, que, em boa verdade, eram em parte já conhecidas graças à coragem de outros whistleblowers no passado recente. Theroux destaca a seguinte passagem da intervenção de Thomas Drake (na mesa redonda em que participou, cujo vídeo e transcrição completa está acessível aqui), que trabalhou para a  NSA durante 12 anos e foi mesmo seu empregado por sete anos:
"O governo libertou-se das correntes que o prendiam à Constituição em resultado do 11 de Setembro. E no segredo absoluto dos gabinetes, aos mais altos níveis do estado, e com o selo de aprovação da Casa Branca, a NSA tornou-se no agente executivo de um programa de vigilância que efectivamente transformou os Estados Unidos da América, no equivalente a uma nação estrangeira para efeitos de vigilância electrónica através da técnica da "pesca de arrasto". (...)

E estamos a assistir aos esboços iniciais e aos contornos de um muito sistemático e amplo estado de vigilância leviatão, boa parte dele constituindo uma violação das bases fundamentais do nosso próprio país - na realidade, a mesma razão que nos levou à própria Revolução Americana . E a Quarta Emenda, para todos os fins e propósitos, foi revogada após o 9 de Setembro."
Pergunta Theroux: "Se isto não constitui razão suficiente para revogar o PATRIOT Act [link], a NDAA [link], as ordens executivas de Bush e de Obama, e todas e cada uma das actividades das agências que elas [leis] permitem, o que será preciso?" (Vídeo e transcrição do debate provenientes daqui, de que aconselho a leitura integral).


Ao centro, da esquerda  para a direita, William Binney, Thomas Drake, J. Kirk Wieber antigos altos responsáveisda NSA com uma experiência conjunta de mais de 100 anos na comunidade dos serviços de informações (clicar na imagem para aceder ao vídeo)

1 comentário:

Vivendi disse...

Para mim os EUA já são um estado fascista.

Os americanos que se ponham a pau.