Pelo menos 800 pessoas foram mortas em Duékoué na passada quarta-feira. As informações estão a ser recolhidas por delegados da Cruz Vermelha que se deslocaram ao local entre 31 de Março e 1 de Abril”, adiantou à AFP uma porta-voz da Cruz Vermelha em Genebra, Dorothea Kristsas. “Não há dúvida de que se passou algo de grande amplitude naquela cidade”, explicou. “Os delegados da Cruz Vermelha viram eles próprios, um grande número de corpos”. [Realces meus]
O que terá a guerra civil na Costa da Marfim de substancialmente diferente daquela que decorre na Líbia? Será, tão só e apenas, porque "o cacau não é o petróleo"?
1 comentário:
Não se "preocupe", os ocidentais (França, Estados Unidos e Nações Unidas por eles enviados) já andam a intervir lá à força toda desde há décadas. E mais ainda de há quatro meses para cá, desde a última eleição, cujos resultados são muito disputados.
Não só estão presentes, como tomaram partido incondicional pelo candidato Ouattara, homem do FMI, amigo do Sarkozy e casado a uma judia bem relacionada. Ajuda esta que está a permitir-lhe conquistar o sul do país (longe da sua base de apoio no Norte), apesar de este sul ter votado massivamente pelo Gbagbo (por questões étnicas, principalmente). E razão pela qual o Ouattara é sempre referido como o "presidente-eleito reconhecido pela comunidade internacional", enquanto que o Gbagbo é chamado de "incumbente que se agarra ao Poder".
Agarra-te bem, Gbagbo, ou ainda acabas como o Charles Taylor, num "tribunal" internacional a mando dos ocidentais, e de pouca imparcialidade (será que já se viu um Bush ou um Tony Blair serem julgados por crimes contra a humanidade?)!
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