terça-feira, 13 de setembro de 2011

A preversão da gratuitidade

Escreve Ramiro Marques:
Suspeito que boa parte do desinteresse dos alunos pela escola, má educação, desleixo e violência contra pessoas, equipamentos e instalações resultam de a escola pública ser gratuita. Como a educação não se paga, não lhe dão valor. E por isso sujam, vandalizam e estragam os equipamentos e as instalações. Não estudam porque a escola é gratuita. Como não se paga, não presta.
Acompanho Ramiro Marques na sua suspeição. A percebida "gratuitidade" de serviços prestados pelo Estado proporcionados pelos impostos pagos dos contribuintes, traduz-se numa sua errada desvalorização já que não existe um preço visível que permita assinalar o custo efectivo dos recursos postos à disposição dos beneficiários. É mais uma versão da denominada tragédia dos comuns.

2 comentários:

john disse...

Obrigado pela referência. Foi um dos posts que eu publiquei com mais comentários negativos. A influência do socialismo na cultura profissional e política dos professores é colossal.

Lura do Grilo disse...

Infelizmente assim é. Tudo o que é de borla não tem valor nem para os meninos nem para os pais. O que desaparece, o que é roubado, o que é danificado e aparece reposto sem custos cria uma sensação de impunidade grandiosa.