Christopher Booker voltou da Índia e está zangado. A sua irritação radica no problema que é também o nosso problema. Tudo isto amplificado pela pandilha burocrática de Bruxelas adepta do politicamente correcto. Roubei-lhe o título do seu artigo para o usar no post procurando traduzi-lo o melhor que pude.
Na semana passada, regressei de uma visita à Índia - que em Julho passado sofreu o maior apagão da sua história, afectando 600 milhões de pessoas - para encontrar a nossa própria política energética num desastre pior que nunca. Respondendo às crescentes facturas energéticas, que recentemente aumentaram em mais de 13 por cento, David Cameron exibiu novamente a sua espantosa ingenuidade em tais assuntos prometendo obrigar as empresas produtoras de energia a cobrar apenas os seus preços mais baixos para o gás e a electricidade que produzam - exactamente quando até mesmo a Ofgem [o regulador britânico do sector energético britânico] nos vem alertando que também nós enfrentamos a perspectiva de cortes de energia massivos, graças ao encerramento iminente de muitas das nossas centrais eléctricas.
Imagem daqui
Já passaram mais de cinco anos desde que comecei a alertar aqui [na coluna semanal que Booker mantém no The Telegraph] que as luzes na Grã-Bretanha corriam o perigo de se apagarem graças à loucura dos sucessivos governos ao fecharem os olhos a esta crise. Contudo, a única resposta de Cameron é a de se entregar a uma jogada política que provoca gritos quase universais de escárnio, e que apenas serve para mostrar que ele sabe ainda menos do mundo real da energia que o seu tecnicamente iliterato secretário de Estado da Energia e das Alterações Climáticas, Ed Davey.
Por tudo isso, somos nós que teremos de pagar, através das facturas sempre crescentes da energia. Não está o Sr. Cameron ciente, por exemplo, que o objectivo declarado da "taxa de carbono" de George Osborne, devida no próximo mês de Abril (o que por si só irá eventualmente dobrar as nossas facturas energéticas) é tornar a energia dos combustíveis fósseis tão cara que os seus amados parques eólicos possam um dia parecer competitivos, apesar de termos de pagar subsídios de 100 por cento (em terra) e 200 por cento (em offshore) para as quantidades patéticas de energia que produzem?
Estas são as razões pelas quais as nossas empresas produtoras de energia não têm alternativa senão elevarem constantemente as tarifas, levando mais milhões de famílias para uma situação de "pobreza energética". E nós vamos tendo que pagar por tudo este faz-de-conta em nome do combate à ameaça do aquecimento global, num momento em que até mesmo o Met Office [Instituto Meteorológico britânico] timidamente admite que não houve qualquer aquecimento significativo do planeta nos últimos 15 anos; quando o gelo da Antárctida acaba de atingir a maior extensão desde que há registos; e quando os meteorologistas nos dizem que a Europa e os EUA poderão vir a atravessar o quarto inverno glacial seguido. E todavia, aqueles que nos governam estão tão perdidos na sua bolha de fantasia que tudo o que o Sr. Cameron nos pode oferecer é uma promessa para aprovar uma lei que irá manter as nossas contas energéticas baixas.
Semelhante loucura provoca-me uma irritação tão grande quanto a que me sucedeu com a descoberta , quando recentemente paguei 244 libras pelo meu bilhete de avião para a Índia, que eu tinha que pagar 386 libras a mais [meu itálico] em impostos - a maioria deles desenhados para salvar o planeta do aquecimento global.
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