Temos vindo a assistir a crescentes manifestações de protesto de muitos perante a falta de vontade incapacidade do governo em reduzir a despesa do Estado situação que, à superfície, seria de saudar não se desse o caso, quando a ameaça do "corte" recai sobre quem quer que seja, logo alguém vir "demonstrar" a sua "inviabilidade". Razões do domínio da "sensibilidade social" e do veemente repúdio do "economicismo" são invocadas para evitar o "recuo civilizacional" que significariam os temidos "cortes". E ficamos arrumados quanto à redução das despesas do Estado (Camilo Lourenço está mais confiante, mas francamente não percebo por quê). Os portugueses preferem, afinal, mais e mais impostos (ao que o governo, convenhamos, tem correspondido exemplarmente).
Há também os "crescimentistas" que contrapõem que o que é necessário é promover o "crescimento" e não reduzir a despesa pública porque tal induzirá e acentuará a "recessão". O instrumento essencial desta política, na míngua financeira em que nos encontramos, é essencialmente de ordem retórica. Mas quando o governo, por uma vez, anuncia quer[er] IRC de 10% para novas empresas já em 2013 (acima de um limiar de investimento de 3 a 5 milhões de euros) aqui-d'el-rei, grita João Proença, que afirma que IRC a 10% será uma "vigarice",
Ou seja, num país com uma taxa de desemprego elevadíssima, onde o investimento privado não ocorre, em boa medida pela descapitalização generalizada das empresas nacionais, Proença acha que as novas empresas, as que não existem, deviam também ajudar a pagar a crise pelo que oferecer-lhes a possibilidade de uma taxa de IRC competitiva (atrás da da Irlanda), seria ma "vigarice social". Vamos longe, vamos.
1 comentário:
A realidade é que Portugal hoje(sempre o foi) é um país socialista, todos dependem e querem mais do Estado, na alegoria de walter williams, do sapo, como cozer um sapo, se se meter numa bacia de agua a ferver este salta logo fora, mas se o colocar mos numa bacia de agua fria e formos incrementando a temperatura da agua, cozemos o sapo sem ele se aperceber.
Foi o que aconteceu aos cidadãos, foram viciados em despesa do estado.
Algo que sinceramente penso que as pessoas não tem noção, é que o Estado para dar a uns tem de tirar de outros.
O Caso das pensões, ontem ao fazer zapping vi na tv um deputado do CDS(suposta direita) a dizer que se tinha aumentado as pensões mais baixas(mudei de canal), vi o Antonio Costa a dizer que 50% da despesa era com pensões e que todos achavam que estas eram muito baixas, mudei de canal.
As pensões são baixas porque estas pessoas contribuiram pouco para o sistema, muitas nem contribuiram e os politicos asseguraram lhes uma pensão mesmo que minima, que tem vindo a aumentar bastante, com dinheiro que não é deles.
OS funcionários públicos e pensionistas não pagam impostos, são credores fictícios, o que o Estado faz é lhes descontar ao salário/pensão e chamar impostos a isso.
O Estado financia-se no grosso por impostos e emissão de divida (cobra alguns serviços), impostos sobre o sector privado, logo para dar alguma coisa tem de forçosamente retirar de outra.
Se eu o fizer é considerado roubo, sendo o estado e ainda para mais se for votado por maioria já não é roubo.
A maioria dos cidadãos quer pagar pouco imposto e ter muito apoio do Estado, a diferença que paguem os ricos ou os alemães.
Todos os que comentam nos media, são socialistas, não se vÊ um economista diferente, ou keynesianos ou monetaristas nada mais.
Mesmo nos USA onde o keynesianismo é muito forte vê se na CNBC austríacos mesmo que em muito menor numero e tempo de antena, é apresentada uma visão diferente, por aqui é sempre a mesma merda (perdoa me o palavrão).
Quanto mais leio sobre a escola austríaca cada vez mais me identifico com esta forma de analisar a economia, dado que tem ocorrido o que estes pensadores (Von Mises, Hayek, Huerta de Soto) previram.
Conclusão deixei de ver tv portuguesa
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