quarta-feira, 6 de abril de 2011

Inutilidades dispendiosas

Passando os olhos pelos jornais, leio que a EPUL vai arrendar escritórios a jovens em Entrecampos e pasmo, melhor, volto a pasmar.

Passados 40 anos sobre  a criação da empresa(?), é a própria que diagnostica:
Nos últimos vinte anos, Lisboa perdeu mais de 240.000 habitantes. Essa perda, aliada ao significativo envelhecimento da população residente, fez com que o número de pessoas com mais de 64 anos aumentasse, diminuindo o número de pessoas abaixo dos 15 anos.
Esta profunda alteração demográfica, influenciou bastante o património edificado. Hoje, estimam-se existir cerca de 40.000 fogos devolutos, o que significa 14 % do parque habitacional da cidade. A deterioração dos edifícios foi inevitável... Em 2001, 61 % dos prédios de Lisboa necessitavam de reparação e 5 % estavam mesmo em profunda degradação.
Conhecendo o estado em que a cidade está, e mesmo que "esquecendo" os desvarios, os sucessivos escândalos, a habitação para jovens a preços "controlados" (transformados agora, pelos vistos, em escritórios) os negócios menos claros e o enorme parque habitacional que a câmara é proprietária, que mais fazer se não EXTINGUIR a EPUL?
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Nota: as organizações públicas resistem, ferreamente, contra quaisquer tentativas de discutir a sua racionalidade. Não é assim, de admirar que se leia no Relatório da Gestão e Contas de 2010 da EPUL aprovado na CML que:
O ano de 2010, nas palavras do Presidente do Conselho de Administração, Luís Augusto Sequeira, “foi um ano decisivo para a EPUL, uma fase de mudança para uma NOVA EPUL, que se libertou da falência técnica e ultrapassou as crises com que se confrontava, tantos nos aspectos produtivos, como nos aspectos jurídicos e financeiros”.

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