segunda-feira, 11 de março de 2013

Um problema ambiental sério: a desertificação

Se há algo que me provoca uma forte reacção alérgica é a alegada superioridade moral do discurso "crescimentista" relativamente aos defensores da "austeridade", extensão natural da supostamente benigna "solidariedade" se imposta (ou seja, obtida com o dinheiro alheio à custa da coerção) versus a nefasta "caridade" de índole voluntária (Bastiat). A razão que leva muita gente a acreditar que é o chapéu ("público" ou "privado") que a pessoa usa que determina a bondade (ou falta dela) do seu comportamento é algo do domínio do Mistério (também Bastiat) ou, mais prosaicamente, da mistificação da igreja secular jacobina e marxista. Enfim.

Mecanismo em tudo idêntico ocorre em matéria ambiental. Se alguém ousa questionar o conteúdo da mensagem alarmista sem se deixar impressionar pela espuma palavrosa (ou pela autoridade dos que proclamam que "a ciência está estabelecida") é de imediato catalogado como um crente pré-Ptolomeu da planitude da Terra ou, numa versão mais mesquinha, como um agente a soldo do Grande Capital associado às energias de origem fóssil (se o mesmo Grande Capital se dedicar às energias "renováveis" já não há problema algum).

"De boas intenções está o inferno cheio" dizia-se, repetidamente, quando eu era miúdo. Ia sendo tempo que se instaurasse um saudável cepticismo quanto à transitividade da trindade "boas intenções" » "pias palavras" » "bons resultados" mas já desisti de esperar por isso.

Não obstante, hoje, através de Allan Savory (via WUWT), veiculo aquilo que me parece ser um verdadeiro e muito sério problema ambiental: o processo da desertificação. Exemplar no que respeita à humildade científica, o oposto do dogma de que "a ciência está estabelecida". Extra-ordinária a solução apresentada: a mimetização da Natureza, o mesmo é dizer, contrariando as receitas dos "planificadores".

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