domingo, 10 de março de 2013

O alarmismo mais ruinoso de sempre

é, de longe, a grande distância do já poeirento (porque inóquo) bug milenar, aquele supostamente provocado pelo "aquecimento global de origem antropogénica", expressão que por sinal praticamente desapareceu nos meios alarmistas após uma bem orquestrada e bem sucedida campanha que os media se aprestaram a amplificar (como sempre ocorre em todo o movimento politicamente correcto).

Com muita mestria e igual perfídia - reconheça-se - foi substituída por uma outra, mais abrangente e pluralizada. Tinham chegado as "alterações climáticas" que depressa se instalaram de armas e bagagens (inclusivamente na denominação de ministérios em múltiplos governos). Esta "ligeira" alteração terminológica - exemplo perfeito do desenvolvimento da novilíngua activista e do sempre ávido intervencionismo governamental (sempre pronto a proteger-nos de nós próprios, seja à esquerda ou à "direita") - viria permitir que virtualmente qualquer desastre natural, furacão ou tornado, seca ou cheia, etc., constituísse "prova" evidente da mão humana e da sua "pegada carbónica". (Não me admiraria que se vulgarizasse a expressão "desastres climáticos" com que já alguns tentam "enriquecer" o léxico catastrofista).

De facto, quando nos últimos 15 anos, e usando as próprias estatísticas das temperaturas mundiais dessa instituição co-líder na eco-teocracia mundial que é o Hadley Centre do Met Office1 do Reino Unido, o que se obtém é o que está figurado, percebe-se melhor a o estado de necessidade da golpada semântica verificada.

Imagem daqui
Como Lawrence Solomon (o autor do gráfico) explica, de um ponto de vista estatístico, não está fácil ser-se verde  (via  Christopher Booker, na sua coluna de ontem no Telegraph).

O gelo do Árctico regressou a patamares de que não havia registo há já várias décadas e a teimosia do Antárctico em resistir aos profetas da desgraça é igualmente notável. Aliás, globalmente, a extensão de gelo das calotes polares é agora a maior desde que se iniciaram as mensurações por satélite, em 1979.

Quanto aos furacões e tornados, cheias e secas, as "novidades" são do mesmo teor. Não admira pois que a opinião pública, por todo o mundo, venha perdendo o entusiasmo pela coisa.

Quanto aos governos, capturados pelo complexo ambio-industrial e pela regulação que o  próprio promove, temo que só a bancarrota financeira os conseguirá afastar do caminho que têm vindo trilhando (Portugal incluído).

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1 - Se o leitor experimentar "googlar" a expressão Met Office (o equivalente ao nosso ex-Instituto de Meteorologia, o primeiríssimo link que lhe aparecerá tem este aspecto: Met Office: Weather and climate change. Todas as dúvidas ficam esclarecidas. Inclusive por parte do motor de busca (o resultado é bem diferente se usarmos o Bing...).

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