Sempre que ocorre uma subida generalizada (e continuada) dos preços num dado país, um dos grupos que muito beneficia dessa situação é o dos grandes devedores (em prejuízo de todos os outros, nomeadamente os aforradores). O Estado está, naturalmente, nesse grupo. Não admira pois que recorra, uma e outra vez, ao truque de promover doses "adequadas" de inflação para "resolver" os problemas da sua tesouraria (chamar-lhe-ão "liquidez") recorrendo à impressora do banco central de que detém o monopólio legal. Esta é também a história da Argentina, mais coisa menos coisa, desde há cerca de 80 anos com um inimigo exterior sempre presente para servir de espantalho para os néscios.
Se nós viermos a sair do euro não acredito que consigamos sucumbir à mesma tentação.
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