Em "More Bad News for Low Wage Workers" Robert Wenzel antecipa as (mais que prováveis) consequências de mais uma estúpida regulamentação que irá produzir efeitos contrários aos pretendidos (supondo a existência de boa-fé) pelos seus promotores. Todo o controlo de preços sobre um bem ou um serviço distorce o senão destrói de significado o "sinal" que o preço de mercado veicula aos que nele participam. No caso do mercado de trabalho, não é apenas a fixação de salários mínimos que provoca essa distorção. O mesmo sucede com a fixação, directa ou indirecta, de salários máximos. (A tradução que segue é da minha responsabilidade).
Em breve as empresas americanas terão de divulgar a relação existente entre a remuneração dos seus CEO e a da média dos trabalhadores das suas empresas, como prevê uma proposta revelada pela SEC [link] segundo notícia do Guardian.
A proposta refere-se a uma das duas principais regulamentações ainda pendentes na sequência da lei Dodd-Frank, de 2010, da reforma de Wall Street.
Neste ambiente politicamente carregado, onde abundam os intervencionistas, se eu fosse o CEO de uma empresa de capital aberto, iria fazer tudo o que pudesse para manter constante, tanto quanto possível, o rácio entre o que eu ganho e o que ganham os meus trabalhadores .
Isso poderia significar o fecho das operações que envolvessem muitos trabalhadores com baixos salários. Também poderia significar a automatização de tarefas hoje desempenhadas por trabalhadores com baixos salários. Os trabalhadores com baixos salários tornar-se-iam párias a ser evitados a todo custo pelas empresas de capital aberto. Com menor procura de trabalhadores com baixos salários, os seus salários iriam diminuir.
Bem-vindos ao mundo das consequências não intencionais da demente intervenção governamental.
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