A leitura do post "Uma questão de sobrevivência", do Paulo Tunhas, suscitou-me um comentário que julgo ser útil para fornecer a minha chave de racionalidade sobre a decisão a tomar no próximo dia 5 de Junho, por sinal uma data que me é marcante.
Surrealismo sem par é como ocorre classificar o convite de PPC a Fernando Nobre. E embora não tenha ainda lido a entrevista deste último ao Expresso de hoje, que está a provocar ondas de choque significativas, por exemplo aqui, aqui ou aqui, as suas declarações de 4ª feira passada já permitiram não defraudar as expectativas a seu respeito.
Agora não pode haver nenhuma dúvida que a principal preocupação de todo o patriota, que não esteja cego pelas prebendas do poder ou padeça de esquizofrenia, é correr com Sócrates do poder.
Quanto ao sentido concreto de voto e em ordem a ser possível derrotar claramente Sócrates tenha-se em atenção o seguinte:
- No nosso sistema eleitoral, com dois grandes partidos, o método de Hondt penaliza o partido vencedor caso a diferença entre os dois primeiros seja escassa;
- Para que Sócrates desapareça de cena e seja o próprio PS a forçar a sua saída, é essencial que a derrota do PS seja severa;
- O CDS não é menos socialista que o PSD. É, até, ainda mais iliberal.
- Não votar não é uma opção pelo conjunto das razões anteriores.
Adenda: anote-se o silêncio de Paulo Portas indicativo do cuidado de quem não sabe ainda com quem o CDS se vai coligar...
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