sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vária governamental (act.)

Parece, vejam só, que o governo quer criar, vejam só, um mercado social de arrendamento! Ou seja, como Joaquim sumariza: "o governo propõe-se fazer caridade à custa da tragédia das famílias que deixaram de poder pagar aos bancos. Parece que há pobrezinhos que são mais pobrezinhos que outros pobrezinhos". É por esta e por (muitas) outras que há muito que digo, e escrevo, que o CDS é um partido de uma variante socialista, aqui e ali menos aguda.

Continuando na senda positivo-criminóloga de múltiplos executivos anteriores, o governo anunciou que "vai apresentar um plano estratégico de combate à fraude fiscal, que deve incluir um agravamento do quadro penal para crimes fiscais mais graves". Mais uma inutilidade.

Em contrapartida, positiva, segundo o Expresso, "[o] ministro da Defesa decidiu acabar com o regime das contrapartidas e revogou o decreto-lei que estabelecia o seu regime jurídico", regime este que era um autêntico alfobre de corrupção.

1 comentário:

Anónimo disse...

Esta medida avulsa sobre o arredondamento só vem beneficiar os bancos e prejudicar quem teve a infelicidade de perder a casa. Numa situação de livre concorrência, o Banco teria de pesar se realmente queria ficar com uma casa que dificilmente venderia ou negocial com o devedor de forma a reestruturar pagamentos. Com esta medida, os impostos do devedor (e de todos nós) servirão para o Banco não perder tanto dinheiro. Vai também, através da concorrência desleal que cria, prejudicar os proprietários normais que gostariam de vender ou arrendar.
O mercado de arrendamento precisa de funcionar. Para isso bastaria 2 medidas: 1) Liberalizar as rendas; 2) Haver justiça para que os caloteiros não consigam ficar 18 anos sem pagar rendas até o tribunal se dignar a expulsa-los.
Assim vamos no caminho da Grécia…

Fean Rolo