Creio já ter direito aos meus "galões blogosféricos" quanto à necessidade imperiosa de as Administrações Públicas, ou seja, o Estado nas vertentes Central, Regional e Local, reduzir o gigantesco desequilíbrio pela via da diminuição da despesa. Assim, respondendo a algumas observações algo sarcásticas de alguns amigos e leitores deste blogue, reitero a condenação da espiral de aumento de impostos a que vimos assistindo (e os que ainda estão para chegar...).
Esta notícia, de 28 de Julho último, levou-me, não a conceder o benefício da dúvida, mas a aguardar por pormenores quanto ao OE para 2012 no timing que Vítor Gaspar definiu - fins de Agosto, princípios de Setembro. Daí que me tenha comprometido comigo próprio a esperar até essa data para que um juízo sobre a vontade de reverter o buraco em que se estamos mergulhados pudesse ser formulado. Continuo a aguardar - faltam 15 dias - embora observe que os prometidos 10% de redução na despesa primária (juros excluídos) já se transformaram em 9%...
E agora, um aviso à navegação: será que têm ideia do que é cortar 9% na despesa nominal (equivalente, talvez, a 12% de redução da despesa do Estado em valores reais, isto é, descontando a inflação)? Estou infrequentemente em acordo com Helena Garrido, facto que interpreto como resultante de ela deixar que o seu posicionamento ideológico lhe tolha as suas capacidades interpretativas no domínio económico (que as tem), mas desta vez, e admitindo que o governo irá fazer o que diz, ela tem razão: os cortes - e os respectivos impactos , serão brutais. Será o preço a pagar por décadas de forró socialista.
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