A maneira como os partidos trataram o imposto sucessório e o imposto dobre doações reflectiu a noção (de resto, rara) da mudança que, neste capítulo crucial, o país sofrera. Por um lado, parecia abusivo ir buscar por morte parte da propriedade tão duramente acumulada. E, por outro, os rendimentos dessa brutalidade não eram suficientes para compensar a rejeição política que iam, sem dúvida, suscitar. Cego a tudo isto, o dr. Cavaco, por pura pretensão de fiscalista, voltou agora a agitar um espectro que ninguém se lembrava. O exercício, como se calculará, não produziu qualquer efeito prático. Mas, pelo menos, serviu para nos lembrar a natureza do homem que os portugueses puseram em Belém.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Memória relapsa
Reflectindo sobre isto, Vasco Pulido Valente, hoje, no Público (itálicos meus):
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1 comentário:
Ir buscar após a morte a parte duramente acumulada, parece difícil.
Ouvi dizer que tem que se deixar cá as partes todas.
A menos que se vá buscar a outra pessoa.
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