Já por várias vezes procurei chamar a atenção (entre as quais, aqui, aqui e aqui) para as semelhanças que me parecem ocorrer entre as (inevitavelmente fúteis) tentativas de modelar (= prever) o clima e, por maioria de razão, uma Economia. Não irei aqui repetir as razões da futilidade de prever a evolução de sistemas complexos não-lineares, por muito poderosos que sejam quer o poder computacional disponível (que há décadas cresce exponencialmente), quer o número de equações e variáveis utilizadas na sua modelização. Gostaria apenas de chamar a atenção que, sendo o clima uma matéria indisputavelmente do domínio das ciências físico-naturais (das coisas, portanto) e a Economia do universo das ciências sociais (das pessoas e das suas interacções), a complexidade destas últimas é muitíssimo superior à das ciências físico-naturais. Porque, ao contrário das pessoas, de cada indivíduo, o sol, os oceanos, os ventos ou as pedras, não agem, não reagem, não pensam, não têm propósitos.
Jesús Huerta de Soto (JHS) explica as necessárias diferenças metodológicas entre ciências naturais e ciências sociais e o paradoxo que resulta de, sendo estas últimas muitas mais complexas que as primeiras ("complexíssimas" na classificação que JHS faz nesta lição), todo o mundo achar, por exemplo, que "sabe" de Economia ainda que reconheça que "nada sabe" sobre, sei lá, física quântica.
Jesús Huerta de Soto (JHS) explica as necessárias diferenças metodológicas entre ciências naturais e ciências sociais e o paradoxo que resulta de, sendo estas últimas muitas mais complexas que as primeiras ("complexíssimas" na classificação que JHS faz nesta lição), todo o mundo achar, por exemplo, que "sabe" de Economia ainda que reconheça que "nada sabe" sobre, sei lá, física quântica.
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