Obama é justamente acusado por muitos de tudo ter feito para dificultar, quando não impedir, o desenvolvimento das indústrias extractivas ligadas aos combustíveis fósseis no próprio território americano (não atribuição de novas licenças para perfurações em áreas federais, regulações tão absurdas quanto de implementação caríssima, não aprovação do pipeline Keystone XL, etc.). Como por várias vezes tenho recordado, não há lugar a nenhuma surpresa nessa actuação quando o póprio Obama admitia (vídeo), que "Under my plan of a cap-and-trade system, electricity rates would necessarily skyrocket. Coal-powered plants, you know, natural gas, you name it, whatever the plants were, whatever the industry was, they would have to retrofit their operations. That will cost money. They will pass that money on to consumers".
O plano de Obama assenta(va) na progressiva diminuição do recurso à energia de origem fóssil taxando-a activamente e em simultâneo promovendo, sem olhar a custos, as novas energias renováveis (eólica e solar) que seria óptimo pela criação de "empregos verdes" e de energia "limpa" como os excelentes exemplos espanhóis e dinamarqueses "demonstravam"...
Veio porém a suceder que o spin mediático do "aquecimento global" / "alterações climáticas" esmoreceu significativamente com os Climategate 1.0 e 2.0, continuados no recentíssimo Fakegate; que o esquema do "cap-and-trade" faliu; que os escândalos das empresas "verdes" se multiplicaram e que os tais empregos verdes pouco mais eram que miragens; que o carro eléctrico é, ainda, pouco mais que uma anedota. Ao invés, a revolução do shale - promovida por empreendedores privados em terras privadas - evidenciou um vastíssimo potencial energético e de criação de riqueza e empregos reais, não subsidiados.
Ultimamente, com as cotações do petróleo a levar gasolina a um limiar de preço ($US 4 por galão (um pouco mais que 3,5 litros), o dobro de quanto Obama ascendeu à presidência) considerado perigoso para um presidente à procura da reeleição, Obama reagiu. Na 5ª feira passada, afirmou, respondendo à insistência dos republicanos para que o governo federal promova activamente não dificulte a prospecção e extracção de petróleo e gás - o famoso "drill, drill, drill" - que "The American people aren't stupid," e que essa reivindicação " [is] not a strategy to solve our energy challenge" (vídeo) até porque os EUA já o estariam a fazer (o que em parte até é verdade apesar das políticas federais). Para Obama, a "estratégia" passa por "soluções de futuro". Exemplo, pelo próprio: explorando o potencial energético das algas!!!
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