Poderemos chamar-lhe QE ("quantitative easing"), "Operation Twist", LTRO ("Long-term refinancing operations") ou um outro qualquer acrónimo resultante de uma criatividade linguística por parte dos Bancos Centrais que visa, em primeiro lugar, confundir em vez de esclarecer. O principal objectivo é que o público acredite que "eles" estão fazendo algo para "resolver a crise". Daí que uma das "armas" de Mário Draghi, há muito passada a fase da bazuca, seja a retórica (como é naturalmente também o caso de Bernanke ou Mervyn King, do Banco de Inglaterra). Daí que Draghi afirme que, "para salvar o euro", recorrerá a todas as medidas, mesmo que não convencionais e que essas medidas serão suficientes (para "resolver" as crises das dívidas soberanas).
Mas o fim da linha é sempre o mesmo e é desprovido de qualquer novidade: imprimir, imprimir, imprimir e voltar a imprimir dinheiro (em forma digital, modernamente). Daí, enfim, a parca criatividade demonstrada pelos banqueiros centrais no vídeo. As legendas, se activadas, estão em português. (Via A espuma dos dias).
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