Quando assistimos a que um indivíduo como Jim Corzine, um bom amigo de Obama, ex-presidente executivo da falida MF Global, se vai livrar, aparentemente, de uma acusação criminal apesar da fraude maciça que lá ocorreu ("desapareceram" 200 milhões de dólares das contas de clientes) e que, em contrapartida, Julian Assange, o principal responsável pela Wikileaks, organização que permitiu desvendar inúmeras verdades inconvenientes, entre as quais crimes de guerra (como este ou este), enfrenta, na pátria onde surgiu a Magna Carta, através da ameaça de destruição de séculos de negociações que conduziram à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, via Estocolmo, uma provável entrega aos americanos (onde o esperaria um Grande Júri), a bússola moral perdeu-se.
Nota: Bradley Manning, o alegado fornecedor à Wikileaks de 250 mil telegramas diplomáticos - caso que ficou conhecido pelo Cablegate - está preso, sem julgamento, desde Maio de 2010; desde então enfrentou um regime de prisão solitária durante onze meses consecutivos, durante os quais foi mantido numa cela de 1,8m de largura por 2,4m de comprimento, 23 horas por dia, na qual lhe impediam que dormisse entre as 5 da manhã e as 10 da noite, sem que sequer pudesse usar as paredes ou o chão para se exercitar e onde era obrigado a dormir nu. Para se perceber até onde pode chegar um regime durante o turno de um Nobel da Paz, leia-se isto. Hediondo.
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