Neste artigo, publicado no Guardian há umas semanas atrás e assinado pelo economista de persuasão keynesiana, Duncan Weldon (discípulo do hagiográfico Lord Skidelsky), intenta-se desacreditar aqueles que vêm defendendo, em número ainda modesto embora paulatinamente crescente, o retorno, mesmo mitigado, a mecanismos de ligação entre a emissão monetária e o ouro como forma de evitar a manipulação irrestrita das moedas por parte dos bancos centrais sem qualquer espécie de controlo externo (democrático ou qualquer outro fora do inner circle dos banqueiros centrais e da grande banca).
Gary North, lendo enumerados naquele artigo os argumentos usuais do establishment contra aquelas vozes (entre as quais a do ex-presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick) que, num crescendo assinalável, vêm defendendo que a solução dos problemas económicos não reside no activismo de "impressão" de dinheiro digital, vê mais uma oportunidade para os refutar (o que faz aqui). North observa o que, muito raramente é assinalado: foi exactamente no período em que vigorou, de forma generalizada internacionalmente, o padrão-ouro - nos 100 anos anteriores à eclosão da I Grande Guerra - que se verificou o maior crescimento económico. Na parte final do artigo, que vale a pena ler na íntegra, North adianta uma explicação para os exorcismos públicos, como o levado a cabo pelo Sr. Weldon, contra os heréticos que contestam os supostos benefícios de uma moeda infinitamente "elástica" (o argumento que, historicamente, "justificou" o abandono do padrão-ouro):
"Every political class needs its court prophets. Every banking establishment needs politicians who do their bidding. Young men who are not good in physics or chemistry or engineering see their career opportunities at Oxford and Cambridge. They major in economics. The smart ones become bankers. The less smart ones become economists.
The ones who are not smart enough to major in economics major in politics and become politicians.
The bankers hire the economists to tell the politicians what to think."
The economics graduates who are not good enough to get hired by the big banks go into financial journalism."
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