Pierre Gosselin, no NoTricksZone, é uma referência obrigatória para quem pretenda estar a par das tensões crescentes que vão surgindo na Alemanha à medida que emergem os efeitos não intencionais da "energia" verde: riscos crescentes de apagões monumentais, em grande parte consequência da inescapável intermitência das eólicas, e custos exponencialmente crescentes no custo da electricidade para os agentes económicos e para o orçamento federal, ou seja, para o contribuinte (via tarifas feed-in). Leiam-no, por favor, com regularidade.
Mas não foi através de Gosselin que dei conta deste artigo ["Germany Hits Brakes on Race to Renewable Energy Future"]. Aconteceu lê-lo na ronda diária que faço pela imprensa digital e pensei em escrever um post acerca dele. Quando no dia seguinte (ontem) voltei à Spiegel online, já não o consegui encontrar. Em contrapartida, estava lá este outro ["Germany Rethinks Path to Green Future"]. Para a Spiegel, que em questões ambientais, não anda longe do "nosso" Público, avançar, em dois dias consecutivos, com dois artigos desta natureza, é porque algo está a mudar. Já nem sequer as carteiras alemãs aguentam o monstro que, evidentemente, foi o próprio governo que o promoveu! E agora procuram, desesperadamente, uma estratégia(?) de saída em jeito de quadratura do círculo. Uma passagem de um dos artigos creio ser suficiente para a ilustrar (realces meus):
Simultaneously enthusing the population and putting the breaks on the race toward the renewable-energy future promises to be an unenviable communications challenge for even a silver-tongued politician like Altmaier [ministro do Ambiente de Merkel]. Unfortunately, he doesn't have a choice since the two are interwoven: Attractive feed-in tariffs have given eco-friendly electricity production such a boost that the expansion of the power grid and many other projects simply haven't been able to keep pace. Timetables are being mixed up, costs are spiraling out of control, and every day that the chaos continues, the green-republic project risks losing more supporters.
Não vai acabar bem. A grandes disparates, sucedem sempre grandes consequências.
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