Com o título, Taxa de desemprego cai para 9,1% em Julho nos EUA, o Jornal de Negócios, como aliás a generalidade da imprensa electrónica portuguesa, divulga um indicador com uma evolução aparentemente optimista. Veja-se, aliás, a fotografia que acompanha a notícia e que aqui reproduzo.
Já todos sabemos que a generalidade da imprensa e as televisões anda, indigentemente, atrás de cada décima percentual para anunciar quer a "retoma" quer o "agravamento" da crise. É digo indigentemente pois é raríssimo o tratamento noticioso que implique o estudo prévio das questões. Ao carácter espúrio dos dados, decorrente do "ruído" estatístico próprio ao curto prazo, junta-se a "leitura" ou a "explicação" da evolução dos indicadores. No caso em apreço, que tal olhar para este gráfico que traduz a evolução da taxa de actividade da população americana de 1984 para cá:
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Pela leitura deste mesmo gráfico se conclui que a taxa de actividade (população empregada ou, ainda que não empregada, procura emprego) é hoje aquela que era em Janeiro de 1984. Mais: a descida da taxa de desemprego de 9,2% para os agora anunciados 9,1% só foi obtida precisamente porque à custa da baixa da taxa de actividade...
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