sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Tirar o cavalo da chuva

é o título do artigo de Vasco Pulido Valente, hoje, no Público. Destaco o seguinte trecho:
Que querem eles - Seguro, Cavaco e Policarpo? Amolecer o duríssimo coração de Passos Coelho e Vítor Gaspar? Salvar o povo português de um destino imerecido e horrendo? Não parece. Eles querem, na essência, e para usar um imperdoável plebeísmo, tirar o cavalo da chuva.

António José Seguro quer demonstrar que "não se rende" ao PSD e CDS e que, sem prejudicar o seu notório sentido de responsabilidade (imprescindível para voltar ao poder), continua de esquerda. Entretanto, as propostas para amaciar o Orçamento sossegam o partido e, com sorte, se as coisas correrem mal, talvez lhe arranjem um lugarzinho na coligação. Numa coligação PSD-PS-CDS era onde Cavaco gostava de os ver aos três, sob o alto patrocínio dele e sem sarilhos (principalmente na rua) que o perturbassem até ao fim do mandato. A isto chama ele "equidade". E a Igreja concorda, porque a reforma ou o conflito a põem num dos sítios onde ela sempre odiou estar. Mais precisamente, de um lado ou do outro. Passos Coelho que fique com o odium. Estes três santinhos ficarão com as rezas.
Subscrevo.

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