quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A China, o carvão, Copenhaga e Cancún

Em 2000, o número oficial para a produção de carvão na China é de 880 milhões de toneladas. A figura e o texto que se segue, em tradução minha, são provenientes da Heritage Foundation. Ainda que não concorde integralmente com o artigo, ele evidencia, com clareza, a assimetria histriónica direccional dos alarmistas do "aquecimento global".


Em 2000, os números oficiais relativos à produção de carvão na China eram de 880 milhões de toneladas. Em menos de uma década (em 2009), esses números mais que triplicaram para 2,96 mil milhões de toneladas. No primeiro trimestre deste ano, a produção de carvão voltou a crescer mais de 28 por cento. A China, que ainda em 2008, era um exportador líquido de carvão, passou a ser, nos primeiros três trimestres deste ano,o maior importador mundial de carvão.

A China está gastando somas apreciáveis de dinheiro em "energia verde" sendo constantemente elogiada por isso. Mas este elogio é um tanto estranho pois a suposta passagem de energia "negra" a "verde" em nada parece ter contribuído para suster o crescimento na utilização do carvão [talvez por acharem melhor direccionar os seus esforços para acções como esta]: o crescimento da sua produção foi mais rápido em 2008 do que 2007, apesar da crise financeira, e assim se manteve firme em 2009, antes de acelerar no início deste ano. Mas como confiar nas autoridades chinesas quando nem sequer estão dispostas a revelar as peças mais básicas e críticas de informação?

E esta é outra faceta da política chinesa relativa ao carvão e igualmente perturbadora. “Pode bem acontecer" que a China seja já responsável por metade do consumo mundial de carvão embora já não haja forma fácil de o saber. A China deixou de publicar estatísticas referentes à produção de carvão a partir de Março passado provavelmente porque se aproximava de ser responsável por metade do consumo mundial de carvão o que representaria um embaraço para as autoridades sob várias perspectivas.

Cancun vai ser tão inútil quanto Copenhaga foi, e pela mesma razão principal: o carvão chinês. Desta vez, porém, ninguém se vai surpreender.

Sem comentários: