Há pouco ouvi na SIC que a economia "não registada" ("paralela" ou "informal") no nosso país corresponderá a cerca de 40 mil milhões anuais, algo à volta dos 24% do PIB, tendo subido dos 9.3% há 30 anos atrás.
Tal como sempre acontece quando esta "notícia" surge nos telejornais, lá surgiu a habitual ladainha segundo a qual, caso o longo braço da máquina fiscal chegasse àquela verba, os sacrifícios por que estamos a passar agora não teriam de acontecer.
Oh, criaturas! Se tal sucedesse, há muito que o Estado teria inscrito o equivalente aos actuais 12 mil milhões de euros (30% de carga fiscal sobre os 40 mil milhões) nas suas receitas correntes para que o forró despesista se tivesse acentuado ainda mais. Pinho Cardão, com a elegância habitual, explica o fenómeno muito bem.
Aliás, pensando um pouquinho, qual será a razão princial para a subida da economia informal se não o continuado esbulho fiscal? Não é o canalizador, o pedreiro, a modista, o explicador ou o lojista que têm dinheiro nas off-shores...
1 comentário:
Et voilà.
Enviar um comentário