sábado, 4 de dezembro de 2010

Propaganda barata

Uma dos resultados que Sócrates e Teixeira dos Santos gostam de invocar é a redução verificada nos funcionários públicos, prova dos esforços do governo na contenção da despesa pública. Assim, o governo afirma que dos 748 000 funcionários existentes em 2005 se chega ao fim de 2010 com cerca de 663 000, ou seja, um saldo líquido de -85 000. É assim que se chega a afirmar que Portugal foi o país que, no período do consulado Sócrates, mais diminuiu o número de funcionários públicos na União Europeia.

Os mais atentos, porém, lembrar-se-ão que a transformação de muitos hospitais em entidades públicas empresariais (EPE) conduziu a que os seus funcionários até então considerados funcionários públicos deixassem de ser contados como tal. Estima-se que correspondam a cerca de 40 000 desde 2005. Não tivesse essa operação ocorrido e o "grande esforço" ter-se-ia reduzido a metade. Mais um exemplo de propaganda barata. O DN trata hoje este tema, aqui e aqui.

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