Por razões do domínio do insondável, há muitos que acham que o mero facto de haver disponíveis subsídios ou empréstimos para realizar uma dada obra pública (ou privada), tal constitui razão bastante para que a mesma se faça sob pena de "desperdiçarmos" essas verbas. Medeiros Ferreira, lamentavelmente, junta-se a Ana Paula Vitorino na propagação desta falácia a propósito do famigerado TGV. Tudo se passa como se, em plena época de saldos, "desperdiçássemos" a baixa de preços (os tais subsídios) mesmo se, de todo, nem precisarmos dos artigos em saldo. E se a metáfora for aplicada a, digamos, saldos de jeeps, ainda haveria que fazer contas a como iríamos alimentar o veículo que "aproveitámos" ao longo da sua vida útil (combustível, seguro, reparações, etc).
2 comentários:
Faz lembrar a história do gajo que durante o fim de semana faz 2.500Km, de carro e em voltinhas, para, "aproveitar enquanto é tempo", antecipando-se a uma anunciada subida da gasolina.
Seria como ter um salário de mil euros e dizer que não a um empréstimo de 300 mil para construir uma casa de 500 mil...
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