domingo, 25 de março de 2012

A guerra interminável

Entrevistado por Bill Moyers, Andrew J. Bacevich, a quem já me referi em "Perseguindo a paz perpétua através da perpétua guerra" a propósito do seu esplêndido Washington Rules, explana a tese segundo a qual as recentes administrações americanas enveredaram pela guerra permanente - literalmente, sem fim - ainda que, com Obama, tenha entrado em vigor o recurso, crescente, à "Opção C"1: o recurso ao assassinato selectivo, à escala mundial, sem qualquer escrutínio público ou autorização prévia por parte do Congresso, se necessário for mesmo sobre cidadãos americanos, recorrendo aos drones e às special ops, mandando às urtigas quaisquer considerações pelo respeito pela soberania dos países onde essas operações possam ocorrer. Uma interessantíssima entrevista quando os tambores de guerra voltam a rufar relativamente ao Irão.


1Na análise de Bacevich, o "Plano A", sob a administração Bush, consistiu na aplicação da doutrina do "Shock and Awe" no Iraque. Quando esta falhou, seguiu-se o "Plano B" - "The Surge" - que já apenas pretendia limitar os efeitos da temível insurgência no Iraque. Posteriormente, já sob Obama, foi também aplicado no Afeganistão, com o "sucesso" conhecido.

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