quarta-feira, 25 de abril de 2012

Inovação na continuidade

François Hollande anunciou que se for eleito dirigirá um memorando aos chefes de Estado da União Europeia, uma espécie de adenda ao fiscal compact, que conterá quatro pontos:
1º - Emissão de eurobonds para financiar projectos de infra-estrutura («pour financer des projets d'infrastructure»);
2º - "Libertação" das possibilidades de financiamento do BEI («libérer les possibilités de financement de la Banque européenne d'investissement»)
3º - A criação de uma taxa sobre as transacções financeiras («la création d'une taxe sur les transactions financières avec les États qui en décideront»);
4º - Mobilização de todo o remanescente dos fundos estruturais europeus («mobiliser tous les reliquats des fonds structurels européens»)
Imaginação notável, a de Hollande. Prevejo que o PS português, que assim vê reforçada a sua legitimidade em clamar por um "pacto de crescimento", aliás agora também defendido por Draghi, volte rapidamente à carga quanto à "necessidade imperiosa" de avançar com o TGV, o novo aeroporto de Lisboa, a finalização do  perímetro de rega do Alqueva e similares. Como é sabido, quando a dose da medicação não se revela adequada não há como que aumentar a dose. A dívida pública já está em níveis recorde? E daí? Não é o céu o limite?

Sem comentários: