François Hollande anunciou que se for eleito dirigirá um memorando aos chefes de Estado da União Europeia, uma espécie de adenda ao fiscal compact, que conterá quatro pontos:
1º - Emissão de eurobonds para financiar projectos de infra-estrutura («pour financer des projets d'infrastructure»);
2º - "Libertação" das possibilidades de financiamento do BEI («libérer les possibilités de financement de la Banque européenne d'investissement»)
3º - A criação de uma taxa sobre as transacções financeiras («la création d'une taxe sur les transactions financières avec les États qui en décideront»);
4º - Mobilização de todo o remanescente dos fundos estruturais europeus («mobiliser tous les reliquats des fonds structurels européens»)
Imaginação notável, a de Hollande. Prevejo que o PS português, que assim vê reforçada a sua legitimidade em clamar por um "pacto de crescimento", aliás agora também defendido por Draghi, volte rapidamente à carga quanto à "necessidade imperiosa" de avançar com o TGV, o novo aeroporto de Lisboa, a finalização do perímetro de rega do Alqueva e similares. Como é sabido, quando a dose da medicação não se revela adequada não há como que aumentar a dose. A dívida pública já está em níveis recorde? E daí? Não é o céu o limite?
Sem comentários:
Enviar um comentário