A História é uma disciplina do conhecimento a que dou muita importância e dedico boa parte das minhas leituras. Sempre me fascinou a sua sucessiva reescrita (revisionista) e o cuidado que os diferentes regimes colocam na "adequação" da narrativa histórica à interpretação "em vigor" e é uma preocupação absolutamente fundamental do estado totalitário.
Não acho que a História "explique" ou "determine" o futuro (talvez mais o inverso...) mas do que não tenho dúvidas é que o seu desconhecimento significa necessariamente uma incapacidade absoluta para compreender o presente. Creio aliás que é a ignorância dos factos históricos que provoca o sucumbir generalizado perante a propaganda do lugar-comum de que "sempre assim foi" e de que "não há alternativa".
E. G. West, autor da obra de referência Education and the State:A Study in Political Economy (que já ocupou cá a vitrina dos livros), foi um historiador que se dedicou a estudar o fenómeno do antes e do depois da escola pública e compulsória. Foi ele que mostrou que no antes, afinal, já a literacia era comum em Gales e em Inglaterra, propiciada por entidades privadas e era paga mesmo pelos pais pobres de forma voluntária! Curiosamente, algo muito parecido ao que aqui se desvenda na actualidade, graças ao E.G. West Centre (Newcastle University).
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