terça-feira, 17 de abril de 2012

Mais um desastre da economia verde


Há quase um ano atrás dei por aqui eco de certas dúvidas quando à viabilidade da First Solar, fabricante de painéis solares. A julgar pela evolução das suas acções desde aí (figura abaixo, à direita), elas revelaram-se inteiramente justas. Com efeito, à data daquele post, a cotação, que já vinha em movimento descendente, era de 117,96 dólares. Já a 29 de Setembro último, quando o Departamento de Energia de Obama atribuiu àquela multinacional dois empréstimos, um de 1,4 mil milhões de dólares e outro de 646 milhões de dólares. Nessa altura, a cotação tinha descido para 65,03 dólares.

Hoje ficámos primeiro a saber que a First Solar decidiu cortar 30% dos seus trabalhadores para depois se conhecer as intenções da empresa em fechar a unidade fabril que detém na Alemanha no último trimestre do ano e cortar a produção na unidade na Malásia. O mercado de capitais reagiu positivamente a este anúncio tendo as cotações fechado a subir face aos valores de ontem. No fecho de hoje a cotação era de 22,96 dólares!

Esta história triste é mais uma a juntar à da Solyndra, da Evergreen e tantas outras e onde, uma vez mais está presente o moral hazard habitual: o envolvimento nos negócios da First Solar de várias figuras ligadas à administração Obama, quando não directamente ao cidadão Barack Obama, como aqui se assinala.
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 Fonte das cotações e do gráfico: Google Finance

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