José Pacheco Pereira assina hoje no Público "Comprar a bala da execução" (aludindo à prática do Estado chinês que obriga a família do condenado à morte a comprar a bala que o matou), a propósito da rubrica pelo governo português, sem a mais leve sombra de debate entre nós (como de resto acontece desde a nossa adesão à então CEE), do novo fiscal compact. Um excerto (relaces meus):
Talvez valha a pena lembrar que a maioria dos modelos que foram aplicados à economia mundial e nacional falhou estrondosamente e que na génese de muitos problemas actuais está uma coligação muito próxima de economistas e políticos, amboer unidos por essa redução da política ao "economês". Hoje liga-se uma televisão e o comentador atrás de comentador, personalidade atrás de personalidade repete o seu "economês", dizendo exactamente as mesmas coisas num solilóquio que bem merece a classificação de "pensamento único".
O pequeno e imenso problema é o "ruído" do mundo. As acções humanas, sejam na economia, na sociedade, na cultura, na política estão cheias de "ruído", que gera um enorme fosso entre as intenções proclamadas e os resuoltados obtidos. Quase que se pode dizer que a regra é os resultados serem muito diferentes das intenções. É a regra que Weber lembrava aos políticos que as maioria das suas acções tem resultados exactamente opostos ao pretendido. Aplica-se também aos economistas a fazer política.
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