segunda-feira, 2 de abril de 2012

Deslumbrantes sucessos, inomináveis tragédias

Depois do "Querido Líder" nos ter conseguido surpreender apesar das façanhas irrepetíveis do "Grande Líder" (sobrevivente a Stalin e a Mao, saliente-se), é a vez do "Grande Sucessor" nos continuar a maravilhar com mais extraordinários feitos da liderança dinástica norte-coreana. A mais recente e esplendorosa está bem espelhada neste título: "Candidatos [ao recrutamento no exército] podem ter 142 centímetros [de altura]", menos três centímetros que o anterior limite mínimo1.

A Coreia do Norte continua assim na ponta da lança da luta titânica contra as "alterações climáticas". De facto, se já era bem conhecido o seu importantíssimo contributo para redução das emissões de CO2 na contenção da utilização de electricidade, creio haver menor familiaridade com a mui conseguida antecipação na concretização das teses de alguns bioeticistas. É que, segundo estes últimos, uma das formas relevantes de conseguir diminuir a "pegada ecológica" humana consistiria na eliminação dos embriões maiores e, amanhã, com maior massa corporal. Um excerto:
«And so size reduction could be one way to reduce a person's ecological footprint. For instance if you reduce the average U.S. height by just 15cm, you could reduce body mass by 21% for men and 25% for women, with a corresponding reduction in metabolic rates by some 15% to 18%, because less tissue means lower energy and nutrient needs.»
1Este tremendo sucesso foi conseguido à custa do raquitismo epidémico decorrente da fome generalizada durante a década de 90 em que milhões de pessoas terão perecido.

1 comentário:

Sergio disse...

Tive de ler várias vezes a data de publicação do artigo do "The Atlantic" para ter a certeza de que não era 1 de Abril, infelizmente não é. Isto ultrapassa todos os limites, absolutamente absurdo!
Parabéns ao Espectador, que continue a mostrar o ridículo destes artigos.