quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A mente humana como recurso inesgotável

é a tese de Julian Simon na sua famosa obra "The Ultimate Resource". É essa extraordinária capacidade que nos tem proporcionado novas ideias, novas tecnologias, novos e maiores mercados que, no seu conjunto, têm tornado possível o julgado impossível e melhorado os níveis gerais de vida no mundo (à excepção, talvez, dos países totalitários). E tal como Simon sempre antecipou nas suas famosas apostas (primeira e  a proposta segunda) com o alarmista  neo-malthusiano Paul Ehrlich, não se verificou nenhuma das tenebrosas teses dos "iminentes esgotamento de recursos" materiais (ver, por exemplo, Julian Simon continua a vencer mesmo postumamente).

E todavia, o discurso do "iminente" desastre continua presente nos jornais, nas televisões e nos políticos e constitui um dos "pilares" justificativos do recurso às novas renováveis. Ou seja, mesmo que (supostamente) não houvesse problema com a "progressiva carbonização" da atmosfera seria a (supostamente) "iminente" e "inevitável" exaustão de recursos naturais que justificaria a massiva intervenção estatal - à custa dos contribuintes, claro - nas novas energias renováveis. E como, por exemplo, o declínio na exploração de combustíveis fósseis nos EUA seria "inevitável" (a partir do suposto "peak oil"), para quê manter a ilusão por mais alguns anos autorizando novas perfurações e novas áreas de prospecção? Tem sido essa a posição, em particular, das duas últimas administrações americanas que tudo têm feito para dificultar, e mesmo impedir, a exploração de novas jazidas de hidrocarbonetos (quando expulsa as plataformas de pesquisa petrolífera do Golfo do México e depois as vai aplaudir quando operam ao largo da costa brasileira).

E eis senão quando... se multiplicam as notícias de novas descobertas de combustíveis fósseis que a evolução tecnológica, tornou entretanto economicamente viáveis e não dependentes de subsídios estatais. E é assim que são divulgados estudos após estudos que apontam para que os EUA voltem a liderar a produção mundial de combustíveis fósseis e consigam aproximar-se senão mesmo atingir a autosuficiência energética?

É também neste sentido que um novo estudo, agora da responsabilidade do Institute of Energy Research, e já  divulgado já este mês (clicar na imagem para o obter) volta a apontar. Como Thomas J. Pyle escreve na introdução:
Yet even with steadily increasing rates of economic and population growth, as well as increasing energy consumption, the United States today possesses greater recoverable supplies of oil, natural gas and coal than at any point in its recorded history. How can that be? Have vast new sources of hydrocarbon fuels magically materialized beneath our feet over the past 100 years? Or is it possible that, despite what you’ve read, heard and have been told, our continent has always had a lot more energy available to it than some would have us believe?
E é isto que se vai lendo e ouvindo um pouco por todo o mundo. Obama a impedir a construção de um novo pipeline (Keystone XL) entre o Canadá e o Texas (para a exploração de enormes jazidas de areias betuminosas); e novas e importantes descobertas de gás e petróleo, agora também em Moçambique. Entretanto os chineses e indianos constroem centrais eléctricas a carvão todas as semanas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Eduardo F
Mais uma vez a explicação parece estar no Sol:
http://arxiv.org/PS_cache/arxiv/pdf/1110/1110.1841v1.pdf
Para enquadrar ver por exemplo:
http://en.bookfi.org/s/?q=Time-Series+Analysis+and+Cyclostratigraphy&t=0
(picar no primeiro sítio a verde onde diz download PDF) usar ainda este site para ler o que aparece quando se pesquisa «global warming fake». Também pode experimentar pesquisar «econometrics». Pessoalmente as minhas preferências inclinam-se para «number theory», «astronomy», «nuclear reactor»...
Para acompanhar sugiro a audição de:
http://www.youtube.com/watch?v=jkD15hosSh0
Bom feriado com muitas leituras (desculpe o abuso: mas já agora espero que o Ecotretas leia estas sugestões).
AM

Eduardo Freitas disse...

Caro AM,

Grato pelos links que não deixarei de investigar. Quanto a "econometrics", sei bem o resultado que irei obter: inútil. O meu julgamento quanto à matéria, enquanto estudante pubente, viria a ser filosoficamente validado, muitos anos depois, com a leitura de Mises.