segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Os portugueses têm medo de mudar

Camilo Lourenço (quase) acerta no alvo, em "Estamos presos ao passado". O extracto final:
A divisão no Conselho de Estado [na passada 6ª feira] é o espelho da sociedade portuguesa: o país não quer mudar. Porque a mudança implica dor (recessão, desemprego) e porque a mudança implica o fim de privilégios e influência de grupos e personalidades de peso na sociedade portuguesa. Tanto à Esquerda como à Direita. É isto que está a bloquear a modernização de Portugal: o medo da mudança. E é isso que nos está a empobrecer, afastando-nos do centro da Europa. Estamos a chegar àquele ponto em que a única esperança de mudança se transferiu de quem tem a obrigação de mudar o país (nós) para… a Troika. Pior atestado de incompetência não poderia haver.

1 comentário:

Textículos disse...

Já há muito tempo que esta dimensão do ser português que é conhecida.

«If there is a dimension that defines Portugal very clearly, it is Uncertainty Avoidance.
Portugal scores 104 on this dimension and thus has a very high preference for avoiding uncertainty. Countries exhibiting high uncertainty avoidence maintain rigid codes of belief and behaviour and are intolerant of unorthodox behaviour and ideas. In these cultures there is an emotional need for rules (even if the rules never seem to work) time is money, people have an inner urge to be busy and work hard, precision and punctuality are the norm, innovation may be resisted, security is an important element in individual motivation.»
http://geert-hofstede.com/portugal.html