quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Notícias da ASAE, cortes e gorduras

OE2013: ASAE sofre corte "relevante" em 2013, mas a sua actividade "não está em risco", até porque, de acordo com a notícia do Jornal de Negócios, e do Sr. Nunes, ela verá o seu número de inspectores acrescido de 30 novos elementos, fazendo justiça à lamúria que vinha sendo veiculada (ver abaixo).

A "caixa" acima, do Jornal de Negócios, aguçou-me a curiosidade pelo que fui visitar o seu sítio na internet. Primeiro, uma olhadela ao seu organigrama. Primeiro dei o correspondente ao da sua estrutura central (imitando a inspiração direccionada do João Caetano Dias aqui que, assim o creio, não se aborrecerá comigo)

Clicar na figura para ver melhor 
 e, depois aos das suas 5 delegações regionais (como, por exemplo, a do Norte).

Depois fui ler, sob o item "Instrumentos de Gestão", o Balanço Social (BS) daquele "organismo" referente a 2011 bem como o "Quadro de Avaliação e Responsabilização 2012" para além )) de onde recolhi as notas que se seguem:
  • A ASAE, organização hodierna, também tem um core business (sic) - a "actividade inspectiva" - como por três vezes é instruído o leitor ao longo do BS (pp. 1, 3 e 15);

  • Segundo a ASAE, "importa a tomada de medidas no sentido de colmatar" a "insuficiência" resultante da "baixa percentualidade de técnicos superiores [22% incluindo os dirigentes] em relação ao total do seu pessoal [498]". Não obstante, 49% dos funcionários tem "formação superior" pelo que a expectativa de progressão na carreira deverá ser um factor motivacional importante na organização;

  • Quanto à taxa de feminização, lamentavelmente,ela  tem vindo a diminuir (ainda que de forma amena);

  • Foram contabilizadas 28.567 horas a título de trabalho extraordinário a que correspondeu o dispêndio de 449.945,18 €. Já o absentismo foi, em média, por funcionári@, de 19,39 dias a que corresponde uma taxa de 5,7% a qual, por interferência de certas "vicissitudes", nomeadamente da "doutrina jus laboral", merece uma "análise de causas" (pp.13 a 15);

  • Relativamente à caracterização dos colaboradores pelas faixas etárias, parece existir "um equilíbrio intergeracional razoável", pelo que podemos ficar todos mais descansados;

  • Já o volume de formação profissional em cada ano, ficamos a saber, é muito influenciado pela recurso à formação do pessoal afecto ao core business (cf. página 15). No ano transacto foi 20975,5 horas (média de umas confortáveis 42 horas, em média, por colaborador). Quanto ao custo associado à formação, uma vez que ela é "maioritariamente financiada por verbas do POPH" (olá!!)  o Balanço Social não o quantifica. Não obstante, considera-se que "o expendido, nesta sede, não constitui propriamente um custo para a organização mas sim um investimento";

  • Por fim, consultado o Quadro de Avaliação e Responsabilização 2012, ficamos a saber que os custos de funcionamento da ASAE orçamentados para 2012 são de cerca de 21,1 milhões de euros, incluindo uns inexplicáveis 13,9 milhões de euros para os encargos com pessoal quando, como se pode ler no quadro 18 do Balanço Social, eles foram de 12,9 milhões de euros em 2011.
E assim tem prosperado o sr. Nunes e a organização que continua a liderar. Assim também se perceberá o meu cepticismo quanto à efectiva "relevância" do "corte" supra citado. Não seria melhor exterminá-la?

Sem comentários: