Há uma dúzia de anos atrás, por terras gaulesas, o governo socialista da altura (de Lionel Jospin) defendia que a redução do horário semanal de trabalho para as 35 horas seria uma excelente medida legislativa para combater os altos níveis de desemprego que então persistiam (e que ainda hoje permanecem). A "lógica" do raciocínio parecia irrefutável: baixando-se o horário semanal de trabalho, mais trabalhadores seriam necessários contratar para que a mesma "produção" pudesse ocorrer!
Este tipo de raciocínio(?), muito comum entre os partidos socialistas latinos, volta agora a presidir à mais recente iniciativa do extraordinário François Hollande em mais um exercício de tapar o sol com uma peneira: França vai encarecer despedimentos para combater o desemprego de 10%.
Ora vejamos: como será possível acreditar que acções que de imediato aumentam o custo do factor trabalho, podem vir a ajudar a combater o desemprego? Eis algo que, humildemente confesso, vai para além da minha, admito que limitada, capacidade racional.
Não! Como devia ser evidente para qualquer pessoa que não se recuse a pensar, se o preço de um bem sobe (no caso, o do factor trabalho) o resultado, inevitável em 99.99% dos casos, será que a procura desse bem diminua (ou seja, as empresas estarão interessadas em ter menos trabalhadores do que sucedia quando o custo do trabalho era menor). Prosseguir nesta insanidade é contribuir para o crescente declínio relativo da França, nomeadamente face à Alemanha.
Mas, não. Hollande, ao mesmo tempo que enche a boca de discursos inflamados em prol do "crescimento" e do "emprego", não cessa de prosseguir exactamente o contrário do que afirma transformando-se, isso, sim, num acérrimo defensor do combate pelo desemprego. E vai ser bem sucedido. Que diabo! Não conviria que as acções fossem congruentes com os fins pretendidos?
Ora vejamos: como será possível acreditar que acções que de imediato aumentam o custo do factor trabalho, podem vir a ajudar a combater o desemprego? Eis algo que, humildemente confesso, vai para além da minha, admito que limitada, capacidade racional.
Não! Como devia ser evidente para qualquer pessoa que não se recuse a pensar, se o preço de um bem sobe (no caso, o do factor trabalho) o resultado, inevitável em 99.99% dos casos, será que a procura desse bem diminua (ou seja, as empresas estarão interessadas em ter menos trabalhadores do que sucedia quando o custo do trabalho era menor). Prosseguir nesta insanidade é contribuir para o crescente declínio relativo da França, nomeadamente face à Alemanha.
Mas, não. Hollande, ao mesmo tempo que enche a boca de discursos inflamados em prol do "crescimento" e do "emprego", não cessa de prosseguir exactamente o contrário do que afirma transformando-se, isso, sim, num acérrimo defensor do combate pelo desemprego. E vai ser bem sucedido. Que diabo! Não conviria que as acções fossem congruentes com os fins pretendidos?
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