O Professor Carlos Zorrinho, actual líder da bancada parlamentar do PS, observou, em jeito de ironia, que o "[p]astel de nata" não serve como desígnio nacional". Para o extraordinário Zorrinho que, recorde-se, após ter sido coordenador do esfunado e funesto "Plano Tecnológico", foi secretário de estado da Energia, é um "erro estratégico" que o actual governo tenha apagado a "luz" a um dos desígnios com que o Governo de Sócrates, ufano, "'puxava' pelo comboio europeu": a promoção da "economia verde", das "energias renováveis" e do carrinho eléctrico na busca de um suposto "crescimento sustentável".
À pala deste "crescimento sustentável", acumulámos um gigantesco défice tarifário cuja resolução irá passar, inevitavelmente, por novos e substanciais acréscimos na factura eléctrica (e fiscal), para as famílias e para as empresas, para beneficiar, pela outorga estatal de generosíssimas tarifas aos produtores de "energia verde" rendas económicas totalmente injustificáveis. E o que o actual governo vem fazendo para reduzir essas tais rendas, ditas "excessivas", tem sido muito, mas muito modesto e pessoalmente tenho ainda alguma esperança que a troika venha exigir novas e substanciais reduções das mesmas. Repare-se que, ao contrário do que alguns menos pensarão, o governo não tem reduzido os custos da energia. Não! O que o governo tem conseguido é que o seu agravamento futuro não seja tão agressivo quanto ocorreria sem as renegociações havidas ainda que, repito, bastante modestas.
O governo, pelo contrário, sacrificou interesses de longo prazo (menores preços da energia eléctrica) em prol de benefícios imediatos (maximização do valor conseguido com a alienação da EDP). Irá fazer algo de semelhante com a venda em bloco da ANA. Isto, sim, é profundamente lamentável, para não dizer economicamente criminoso.
A converseta politicamente correcta do "crescimento sustentável" é uma contradição nos seus próprios termos. Na verdade, tal expressão, criada para veicular a salvação da "Mãe Terra" da maldição do Homem, na correspondente entrada do dicionário da Novilíngua, tem um significado bem diferente e preciso: o de "crescimento insustentável".
O governo, pelo contrário, sacrificou interesses de longo prazo (menores preços da energia eléctrica) em prol de benefícios imediatos (maximização do valor conseguido com a alienação da EDP). Irá fazer algo de semelhante com a venda em bloco da ANA. Isto, sim, é profundamente lamentável, para não dizer economicamente criminoso.
A converseta politicamente correcta do "crescimento sustentável" é uma contradição nos seus próprios termos. Na verdade, tal expressão, criada para veicular a salvação da "Mãe Terra" da maldição do Homem, na correspondente entrada do dicionário da Novilíngua, tem um significado bem diferente e preciso: o de "crescimento insustentável".
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