O keynesianismo, nas suas várias incarnações, é, acima de tudo, uma construção doutrinária destinada a proporcionar o necessário grau de respeitabilidade académica ao secular intervencionismo estatal nas economias. Tanto assim é que, como o próprio Keynes reconheceu, a aplicação das suas ideias estaria muito facilitada se aplicável sob um regime totalitário:
"The theory of aggregated production, which is the point of the following book, nevertheless can be much easier adapted to the conditions of a totalitarian state [eines totalen Staates] than the theory of production and distribution of a given production put forth under conditions of free competition and a large degree of laissez-faire."Depois do estouro das bolhas imobiliárias e bolsista, na tentativa de segurar a banca e evitar a "purga", ou seja, as consequências da folia que o banco central japonês pressurosamente alimentou, keynesianos e monetaristas, à vez ou em conjunto, aconselharam o governo a gastar, gastar e gastar, a imprimir (moeda), imprimir e imprimir, e a gastar e imprimir ad infinitum. O resultado foi uma Grande Estagnação, que dura há 20 anos, e uns níveis de endividamento absolutamente monstruosos (imagem retirada daqui):
Apesar deste exemplo, há quem queira repetir a mesmíssima medicina noutras paragens. E não são poucos os entusiastas por ela.
Vou-me convencendo que Gary North tem toda a razão: o Great Default é inevitável.
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