quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Querem ajudar? Estejam quietos!

A Comissão Europeia apresentou hoje uma estratégia para explorar o potencial do armazenamento 'online' de ficheiros e 'software'.

Esta frase encerra em si mesma a negação das intenções propaladas. Entre outros motivos, por este e por este. "Estratégias" e "Agendas" de governos e burocratas? É fugir, é fugir!

Aliás, se há sector que demonstra à evidência a inutilidade das acções "reguladoras" é o das tecnologias de informação. Que outro sector de actividade tem, ao longo dos últimos 25 anos, vindo a oferecer cada vez mais e melhores produtos e, simultaneamente, a preços cada vez mais baratos (quando não, e crescentemente, de borla) sem qualquer necessidade de intervenção estatal para "estimular" ou "defender" a concorrência?1

A ortodoxia dominante, através de quilómetros lineares de literatura económica "activista", justifica a suposta necessidade de intervenção do estado nos diferentes sectores da actividade económica para promover a aproximação ao suposto paradigma ideal da "concorrência perfeita" (uma abstracção desprovida de qualquer utilidade pois ignora o carácter essencialmente dinâmico da interacção humana e, portanto, do fenómeno económico).

Porém, o que vimos assistindo à escala mundial no sector das tecnologias de informação, é exactamente o contrário do que aquela teoria prescreve: apesar do número total de competidores ter diminuído de forma drástica, a concorrência não cessa de aumentar! Não há melhor maneira de assegurar a concorrência, em  todo e qualquer mercado, que não seja a não criação de barreiras legais à entrada de novos competidores.
______________________
1 E não, não vale a pena ir buscar os tristes casos "antitrust" contra a Microsoft.

3 comentários:

Lura do Grilo disse...

Há tanta oferta no Mercado: DropBox, Comodo, SkyDrive, GoogleDrive, Sugarsync etc. É só escolher!

RioD'oiro disse...

Quando decidirem já o paradigma terá mudado pelo menos três vezes.

Como se chamava o "promissor" motor de busca europeu?

Eduardo Freitas disse...

Evidentemente que será isso que irá acontecer.

Dir-se-ia pois ser inconsequente o anunciado não sucedesse o caso de, na "implementação" da "Estratégia", se irem inevitavelmente torrar mais uns largos milhões.