Pelo Prof. Álvaro Santos Pereira:
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
O nó cego da Educação
No país do ministério da Fenprof, esta proposta, pela sua simplicidade, transparência e valor ético e moral, não será, sequer, num horizonte previsível, admitida à discussão.
Elogio da América
Lê-se no The Burning Platform (tradução livre):
«A Reserva Federal não tem estado sozinha a matar o Sonho Americano [ver post anterior]. Os políticos, desde 1913, têm contribuído com a sua parte no sufoco desse sonho. Em 1913 a lei fiscal consistia em 400 páginas variando as respectivas taxas entre 1% e 7%. Em menos de um século, os políticos de ambos os partidos construíram 70 mil páginas de recompensas, subsídios e subornos para os seus constituintes e contribuintes. As taxas variam agora de 10% a 35%. Aquelas 70 mil páginas de regras, regulamentos e deduções não beneficiam a classe média Americana. Beneficiam sim aqueles que têm o dinheiro e o poder para corromper um Congressista.»
«A Reserva Federal não tem estado sozinha a matar o Sonho Americano [ver post anterior]. Os políticos, desde 1913, têm contribuído com a sua parte no sufoco desse sonho. Em 1913 a lei fiscal consistia em 400 páginas variando as respectivas taxas entre 1% e 7%. Em menos de um século, os políticos de ambos os partidos construíram 70 mil páginas de recompensas, subsídios e subornos para os seus constituintes e contribuintes. As taxas variam agora de 10% a 35%. Aquelas 70 mil páginas de regras, regulamentos e deduções não beneficiam a classe média Americana. Beneficiam sim aqueles que têm o dinheiro e o poder para corromper um Congressista.»
«A Reserva Federal e a Lei Fiscal abastardaram o Sonho Americano, criaram barreiras ao desenvolvimento económico e forneceram o suporte à acumulação de riqueza e poder por uns poucos. A elite dirigente tem usado o seu poder e controlo sobre os media para convencer a maioria dos Americanos que o Sonho Americano é, afinal, àcerca da acumulação de bens materiais adquiridos através do endividamento. O Sonho Americano já não significa atingir o máximo de acordo com a capacidade do próprio, mas sim viver na maior McMansion, conduzir o melhor BMW, ver televisão no maior plasma e vestir de acordo com a última moda, tudo adquirido através de dívida. A América está a morrer.»
Uma salutar sugestão de leitura
Leon Trotsky |
A propósito dos acontecimentos no Egipto e da súbita preocupação dos EUA com a inexistência de democracia no país comandado com mão-de-ferro por Hosni Mubarak há quase trinta anos(*), Jim Fedako convida-nos a reler Da Revolução de Outubro a Brest-Litvosk, de Leon Trotsky. Com esta referência, Fedako relembra-nos aqueles que "espreitam, esperando, para preencher o vazio". Com os resultados trágicos que se conhecem quando são bem sucedidos.
(*) - A propósito, parece-me oportuno ir ao baú do cablegate / Wikileaks e retirar de lá este telegrama, para vermos como o recém-nomeado vice-presidente, Omar Suleiman, até aqui director dos serviços secretos do país, tem sido um activo precioso do Pentágono.
Rand Paul entrevistado por Wolf Blitzer
Rand Paul propõe cortar cerca de 1/3 do défice orçamental projectado, num montante de 500 billiões (1/3 do défice anual) e, entre outros cortes - acabar com o Departamento de Energia, o de Transportes, quase todo o da Educação, etc. - propõe que sejam igualmente suspensos os programas de ajuda externa sob o racional que não faz sentido andar a pedir dinheiro emprestado aos chineses para o "transferir" para terceiros quando a crise da dívida é tão gigantesca que põe em causa a solvabilidade da própria América. Um excerto da entrevista:
BLITZER: What about the $2 billion or $3 billion that goes every year to Israel? Do you want to eliminate that as well?
PAUL: Well, I think what you have to do is you have to look. When you send foreign aid, you actually send quite a bit to Israel's enemies. Islamic nations around Israel get quite a bit of foreign aid, too.
BLITZER: Egypt gets almost the same amount?
PAUL: Almost the same amount, so really you have to ask yourself, are we funding an arms race on both sides? I have a lot of sympathy and respect for Israel as a democratic nation, as a, you know, a fountain of peace and a fountain of democracy within the Middle East.
But at the same time, I don't [believe in] funding both sides of the arms race, particularly when we have to borrow the money from China to send it to someone else. We just can't do it anymore. The debt is all consuming and it threatens our well being as a country.
BLITZER: All right, so just to be precise, end all foreign aid including the foreign aid to Israel as well. Is that right?
PAUL: Yes.
domingo, 30 de janeiro de 2011
99% dos Sudaneses do Sul votam pela secessão
Foto do Guardian |
Ao fim de mais 50 anos de guerras civis entrecortadas por breves períodos de paz e mais de dois milhões de mortos, o Sul cristão e animista manifestou-se de forma maciça (cerca de 99% dos votos expressos) a favor da sua independência face ao regime de Cartum, de base étnica predominantemente árabe. A não haver nenhum volte-face, o Sudão do Sul declarará a sua independência no próximo dia 9 de Julho conseguindo o que os biafrenses, por exemplo, não conseguiram, mesmo depois de um milhão de mortos.
A desmontagem das zorrices de Zorrinho (e Mexia)
O nosso desgoverno descobriu muito recentemente que o desenvolvimento económico português, como qualquer pequeno país sem recursos naturais assinaláveis, passa pela necessidade de exportarmos (muito) mais. Como é costume entre os socialistas, até estão agora a inventar à pressa uma agenda para a Agenda exportadora. Preparemo-nos pois para mais uma imersão de popaganda em que por um lado o Governo chama a si, abusivamente, os louros que não seus e, por outro, tudo faz no sector energético, na política de rendimentos e do trabalho, desfavorecendo exactamente o sector exportador e destruindo postos de trabalho.Sim, não é lapso, destruindo postos de trabalho.
Clicar para ampliar |
Mira Amaral e Sampaio Nunes, no artigo que se pode ler clicando na imagem da direita, desmontam a política assassina seguida pelos socratinos e, nomeadamente, pelo Tecnólogo, Inovador e Energético agora de serviço, o Prof. Carlos Zorrinho, que muito recentemente deu uma "entrevista" ao Público. A evolução exponencial dos custos com as "novas renováveis", directos e indirectos, torna suicidário prosseguir com o caminho seguido que, além do mais, conduz a lado nenhum a um custo assombroso para quem já está de tanga garantida para a próxima década. Igualmente se desmonta a mentira àcerca da Dinamarca segundo a qual este país já disporia de 80% da sua energia eléctrica de fontes renováveis quando, na realidade, é de 29% como se evidencia no segundo gráfico do artigo referido.
Uma ida ao cabeleireiro
Como um ida ao cabeleireiro (já não se vai ao barbeiro...) se pode transformar numa experiência prática de aplicação de um verdadeiro fascismo regulatório, em plena Nova Iorque, para nos "proteger", em nome da "nossa saúde". O raio que os partam! Como David Kramer escreve, "[t]he power to license is the power to control. And control is all that licensing is about. Period."
sábado, 29 de janeiro de 2011
Lá, cria-se, por cá, destrói-se
Enquanto por cá, os jacobinos que nos (des)governam intentam estrangular boa parte das escolas fora da tutela estatal por razões exclusivamente ideológicas, negando-se a responder à pergunta relevante: "Quanto custa educar um aluno numa escola do Estado?", na Grã-Bretanha anuncia-se que foram autorizadas as primeiras oito free schools e que são mais de 250 as organizações interessadas em abrir novas free schools. Grupos organizados de pais e de professores encontram-se entre os promotores de novas escolas.
As free schools são inspiradas, entre outros, no modelo americano das charter schools. O seu financiamento é de origem estatal e têm autonomia face às autoridades locais. Têm também uma autonomia significativa quanto ao currículo leccionado e aos salários dos professores os quais, aliás, não necessitarão possuir qualificações formais de ensino.
As free schools, geridas por entidades privadas, juntam-se assim às academy schools (escolas primárias e secundárias estatais que gozam todavia de significativa autonomia) proporcionando uma maior diversidade na oferta educativa e, consequentemente, maiores graus de liberdade de escolha da escola por parte dos pais.
Os que estão contra são os do costume. Dos sindicatos reaccionários aos jacobinos que, como diz a Helena Matos, amam a escola pública mas põem os seus próprios rebentos nas (melhores) escolas privadas.
As free schools são inspiradas, entre outros, no modelo americano das charter schools. O seu financiamento é de origem estatal e têm autonomia face às autoridades locais. Têm também uma autonomia significativa quanto ao currículo leccionado e aos salários dos professores os quais, aliás, não necessitarão possuir qualificações formais de ensino.
As free schools, geridas por entidades privadas, juntam-se assim às academy schools (escolas primárias e secundárias estatais que gozam todavia de significativa autonomia) proporcionando uma maior diversidade na oferta educativa e, consequentemente, maiores graus de liberdade de escolha da escola por parte dos pais.
Os que estão contra são os do costume. Dos sindicatos reaccionários aos jacobinos que, como diz a Helena Matos, amam a escola pública mas põem os seus próprios rebentos nas (melhores) escolas privadas.
Marc Faber sem papas na língua
Marc Faber: «I think what should happen in the US is for the president to tell the US, you have to tighten your belts. We have to go through hard times for 5 years to repair the damage that was committed over 20-25 years by the Federal Reserve, by the Treasury, by the politicians, and somebody has to tell the truth. But the politicians keep on fueling the illusion that you can spend yourself out of the misery, and that by printing money you will improve the economy, which is not the case.»
Hipocrisia e mentira sem limites
Peter Schiff: a próxima crise financeira dos EUA
Ainda não tive tempo para ler isto. Peter Schiff já o leu e a opinião com que ficou foi a que tudo se resumiu a uma operação de whitewashing para deixar tudo na mesma ou, melhor, para dizer que o colapso se deveu à falta de regulação quando, segundo Schiff, foi devido a essa "regulação" que a bolha e o subsequente estouro se deu. E, mais do que isso, os próximos e potencialmente mais perigosos estouros se darão com a inevitável crise soberana dos EUA.
Novas renováveis e propaganda
Embora a um ritmo lento, vai aumentando o número daqueles que, no mínimo, se recusam a emprenhar pelos ouvidos a propaganda governamental sobre o tremendo "sucesso" da suaa política energética. A semana passada foi João Duque quem, na sua coluna quinzenal do Expresso, com o título Medo, pânico ou pavor? dava conta do facto de "[a]s eólicas [estarem] com medo de serem devidamente avaliadas".
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Hoje, Mira Amaral, também no Expresso, resolveu combater a propaganda intoxicante de Sócrates, Zorrinho & Cia, seguando a qual as renováveis já permitiram poupar 100 / 600 / 700 / 800 milhões de euros(consoante as diversas versões dos mesmos protagonistas) em impotações de combustíveis fósseis.
Escreve Mira Amaral: «[É] preciso que os nossos distintos jornalistas económicos e os nossos partidos políticos percebam que as renováveis (barragens inclusive) não poupam um único barril de petróleo importado pois que: (1) já não utilizamos petróleo na produção de electricidade; (2) o consumo de petróleo é básicamente no sector dos transportes e só quando houver massificação dos veículos eléctricos, o que infelizmente ainda vai levar bastante tempo, é que a electricidade substituirá o petróleo» (itálico meu).
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Brasil, Líbano, Hezbollah e Wikileaks
O que Filipe Nunes Vicente aqui escreve só pode surpreender os incautos. Também no Afeganistão, por exemplo, é nas papoilas que os taliban se financiam.
Professor acusado de mijar na porta de colega
O professor acusado é de Matemática e é assistente numa Universidade da Califórnia. A porta em causa faz parte do campus universitário e o alvo da micção é também professor do departamento de Matemática. Pormenores, aqui. Ilustração, a seguir.
Obama e a política energética
«Gentes, estão a tratar-vos como crianças — enquanto vos estão a roubar. "Moinhos" eólicos e paineis solares não são "inovadores"; eles apenas existem porque alguns políticos os transformaram em ícones dos quais já não se conseguem separar.»
"Torres" eólicas comerciais e células solares foram inventadas na mesma época das centrais produtoras de electricidade a carvão e dos automóveis. Duas dessas quatro tecnologias tiveram um sucesso espectacular e e como tal estão a sofrer um assalto por parte daqueles que odeiam a abundância, a mobilidade e a liberdade que a sua utilização proporciona.
Tradução livre de excertos do artigo On Energy policy, Obama talks down to Americans.
A Fed deveria admitir que pecou seriamente
Jim Grant: «I think what would be very good for the Fed if there would be a confession, the Fed should confess that it has sinned grievously, and is in violation of every single precept of its founders and every single convention of classical central banking. Quantitative Easing is a symptom of the difficulties that the Fed has created for itself. The Fed is running a balance sheet which if it were the balance sheet attached to a bank in the private sector would probably move the FDIC to shut it down. The New York Branch of the Fed is leveraged more than 80 to 1. (...)The Fed is now in the business of manipulating the stock market.»
Os protestos nas ruas do Egipto
A internet e o twitter estão bloqueados no Egipto onde se verificam protestos no Suez, Alexandria e Cairo.
O Estado da União segundo Rand Paul
A insustabilidade aqui evidenciada proporciona a Rand Paul um discurso acutilante e um conjunto de propostas que fazem diferença.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
E o Ministro ainda ministra? (2)
Segundo Miguel Morgado, consta que o director-geral da Administração Interna e o director da Administração Eleitoral souberam pela comunicação social que tinham voluntariamente pedido a demissão.
Entrevista com um zombie
Thomas Woods, a quem já fiz referência aqui, a propósito do seu livro Nullification, How To Resist The Federal Tiranny in the 21st century (que coloquei na vitrina agora mesmo), entrevista um zombie que personifica todos aqueles que, incapazes de alinhavar um pensamento, se limitam a lançar chavões ou insultos para o ar desconhecendo, em absoluto, a História. Um livro importante e oportuno também para os europeus no momento em que ouvimos crescentes apelos para a concretização de uma Europa federal.
Há quem apelide de traição o que é apenas a verdade
Ron Paul explica como se fez do Iraque um inimigo com o propósito de "redesenhar o Médio Oriente" e como a informação tornada pública pelo cablegate, divulgado pelo Wikileaks, sustenta a sua leitura.
Direito ao ensino ou dever de frequência
Chapeau para Helena Matos pelo oportuníssimo artigo no Público de hoje que a seguir transcrevo:
«Há precisamente cem anos, a I República destruiu por razões ideológicas as melhores escolas de Portugal. Os melhores professores foram expulsos do país. Eram escolas religiosas aquelas que foram encerradas - entre as quais sobressai o célebre Colégio de Campolide, na época o melhor apetrechado para o ensino científico em todo o país - tal como eram padres e freiras muitos dos professores impedidos de leccionar. O resultado foi o que se soube: o sonho republicano de um ensino para todos desabou por terra e nem doutro modo poderia ser pois a ideologia pode até encher escolas mas não chega para construir um sistema de ensino. Como também era inevitável, os mais abastados e poderosos, republicanos incluídos, acabaram a colocar os seus filhos nos colégios que os religiosos expulsos abriam na fronteira de Espanha com Portugal ou arranjaram-lhes professores particulares.
Cem anos depois, num país que se debate com os fracos resultados escolares dos jovens, um governo prepara-se para destruir escolas que apresentam bons resultados. Agora já não se persegue o jesuíta mas sim o particular e cooperativo que muitas vezes também é religioso. As piscinas e o hipismo substituem as antigas acusações de rezas e castigos. O que interessa é estigmatizar quem as frequenta e assim justificar a acção prepotente dos governos.
O que está em causa no financiamento do ensino particular e cooperativo é simplesmente isto: a escolaridade obrigatória garante o direito ao ensino - e nesse caso o Estado português deveria assegurar uma verba por aluno, verba essa que temos o direito de saber qual é e que seria entregue à escola que o aluno frequentar, independentemente de ser pública ou privada - ou a escolaridade obrigatória transformou-se no dever de frequentar a escola que o Governo do momento decide? Como é óbvio e tal como há cem anos, os mais abastados e poderosos, ministras socialistas incluídas, não colocam os seus filhos e netos na escola pública que tanto dizem amar e onde tal como fizeram os jacobinos antecessores sacrificam a qualidade à ideologia.»
Obrigatório ler, igualmente, rui a. que chama a atenção que um título de um artigo «Ensino Privado, Dinheiro Público» traduz um tremendo equívoco pois o correcto seria «Ensino Público, Dinheiro Privado».
Publicado relatório sobre as causas da crise financeira
«The Financial Crisis Inquiry Commission was created to “examine the causes of the current financial and economic crisis in the United States.” In this report, the Commission presents to the President, the Congress, and the American people the results of its examination and its conclusions as to the causes of the crisis.» (Extracto do preâmbulo)
A verdade a que os cidadãos têm direito (2)
Na sequência de A verdade a que os cidadãos têm direiro, o Governador do Hawaii, Neil Abecrombie, afirmou que não existe registo do certificado de nascimento no Hawai de Obama (a partir de 1:35 da fita audio). O problema é que a eventual não existência de uma certidão de nascimento oficial relativamente a Obama arrasta o problema da incapacidade/inconstitucionalidade de Obama exercer a presidência dos EUA...
Escolha da escola dá prisão à mãe de duas irmãs
A tentativa de uma mãe do estado do Ohaio para proporcionar às suas filhas uma melhor educação levou-a para trás das grades! Um horrível exemplo de perda de liberdade resultante da captura do poder coercivo do Estado pelos burocratas e grupos de interesse na defesa do seu exclusivo interesse. Um caso destes evidencia que a razão de ser destas escola não é servir os alunos. Os alunos são antes um meio de justificar a existência destas escolas. Repugnante!
Entendendo a China
Por Martin Jacques. Uma dose de realidade à luz do nacionalismo de Obama uma vez mais enunciado no discurso do Estado da União.
E o Ministro ainda ministra?
Director-geral da Administração Interna demite-se e o mesmo sucedeu com o da Administração Eleitoral.
Demoraram três dias para fazer aquilo que deviam ter feito logo no Domingo. Mas mostraram algo que Rui Pereira não mostrou.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Sindicatos e escolha de escola
Será a política de escolha da escola compatível com os sindicatos de professores?
Será necessário um furacão para reformar as escolas?
Nova Orleans é a cidade dos Estados Unidos mais pró-escolha de escola com mais de 70% dos seus alunos a frequentarem charter schools. Este facto explica-se pelos efeitos do furacão Katrina que permitiu substituir um sistema escolar que há muito se tinha degradado e que o furacão literalmente destruiu.Tal permitiu a repensar o novo do sistema escolar a partir de bases conceptuais totalmente novas.
(Via ReasonTv)
Escolha da escola e classe média
Haverá razões para que aqueles pais que já pagaram um prémio para viver numa localidade ou num bairro que disponha de boas escolas se oporem à política da escolha da escola?
(Via ReasonTv)
O receio do desconhecido e a escolha da escola
Gerard Robinson, Secretário da Educação no estado de Virgínia, acredita que maiores possibilidades de escolha da escola proporcionam melhores resultados para os estudantes afro-americanos. Para ele, o maior escolho que é necessário ultrapassar, é o medo do que se não conhece.
(Via ReasonTv)
Há um responsável pela crise americana: a Fed
Ron Paul: "The Federal Reserve Is Responsible For The Inflation, The Business Cycle, Unemployment!"
Propaganda e realidade
Depois da indesculpável barraca terceiro-mundista que o cartão do cidadão (?) provocou no domingo passado e que teve como consequência que centenas/milhares de portugueses tivessem desistido ou simplesmente fossem impedidos de votar (a Comissão Nacional de Eleições confessa ser capaz de quantificar o impacto do sucedido), o Prof. Álvaro Santos Pereira resolveu, a propósito, presentear-nos com mais um dos seus auto-explicativos e singelos gráficos (parece fácil fazê-los mas não é!). Este, que se reproduz agora, traduz a evolução do peso do sector das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no total das exportações. E não é que, depois daquela coisa chamada de Plano Tecnológico (em rigor um aglomerado de inciativas avulsas) vendida em gigantescas doses de propaganda, o peso das exportações das TIC em 2009 era o mesmo do de 1999, estando em queda desde 2006 (e não havendo razão alguma para pensar que algo se tenha alterado em 2010)?
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
A arte da aritmética política
William Petty (1623–1687), economista e filósofo inglês que praticou "a arte da aritmética política", tem sido tomado como "o primeiro econometrista [economista matemático]" e tido como o autor das primeiras estimativas do rendimentto nacional. Teria sido um benifício para uma honesta humanidade que a "aritmética política" tivesse permanecido como a designação do que viria a ficar conhecido por estatísticas económicas do tipo das que são recolhidas para calcular o rendimento e o produto nacionais oficiais. Tivesse tal sucedido e essa designação alertar-nos-ia a todos paar os propósitos políticos que se escondem atrás da construção desses números.
O parágrafo anterior é uma tradução minha de um importantíssimo e ainda actual artigo de Robert Higgs, historiador e economista a que por várias vezes já me referi (por exemplo, aqui). No texto encontra-se também um link para um outro texto famoso de Murray Rothbard a propósito de William Petty e a Matemática do Poder.
Não, também não deixo
Quanto custa educar um aluno numa escola do Estado?
A questão, à qual o Governo e a esquerda recusam responder, continua por esclarecer. Não haverá alguém na imprensa que a queira investigar?
(...)
A actual situação é muito simples: o ME não diz quanto custa educar um aluno numa escola pública do Estado, mas diz-nos que cortar 30% no financiamento das escolas públicas com contrato de associação torna os custos equivalentes. Há escolas em risco de fechar, professores em risco de despedimento, crianças em risco de perder a sua escola, pais em vias de verem frustradas as suas ambições para a Educação dos seus filhos. Enquanto o ME, interesseiramente, não divulga os dados que os cidadãos reclamam saber, promovendo a ignorância e a indiferença, os partidos de esquerda alinham na farsa. Já só os jornalistas podem desmascarar a mentira. Fica então o apelo: não deixem, por favor, cair esta questão.
Always follow the money
Não é preciso um exercício de raciocínio muito elaborado para concluir que muitos dos que defendem, tenazmente, a continuação da "War on drugs", são dos que mais têm a gamhar com a manutenção do status quo, e não estou só a falar de traficantes. Ora sigam esta notícia de há dois anos atrás de que destaco o trecho seguinte:
Joaquin “El Chapo” Guzman Loera reported head of the Sinaloa cartel in Mexico, ranked 701st on Forbes’ yearly report of the wealthiest men alive, and worth an estimated $1 billion, today officially thanked United States politicians for making sure that drugs remain illegal. According to one of his closest confidants, he said, “I couldn’t have gotten so stinking rich without George Bush, George Bush Jr., Ronald Reagan, even El Presidente Obama, none of them have the cajones to stand up to all the big money that wants to keep this stuff illegal. From the bottom of my heart, I want to say, Gracias amigos, I owe my whole empire to you.”
Bradley Manning and Mohamed Bouazizi
«If it is true that Manning turned State Department documents over to Wikileaks, then he played a small role in the Tunisian Jasmine Revolution, which overthrew the brutal and grasping dictator, Zine el-Abidine Ben Ali, whom the US government had been coddling and the French government actively supporting.
Mohamed Bouazizi |
Manning, like Bouazizi, is young. He also faced, with all his youth and inexperience and impatience, a political situation that was the result of criminality. Dick Cheney and John Yoo and Karl Rove and George W. Bush were responsible for creating a public image of government lawlessness that encouraged whistle blowing. They went to war against Iraq on false pretenses and in contravention of international law. They themselves tried to leak the identity of Valerie Plame, a covert CIA operative, to the press. They set up Guantanamo and Abu Ghraib and Bagram as black torture facilities. They lied repeatedly to the American people (there was no looting in Iraq, no guerrilla war in Iraq, no civil war in Iraq, no torture practiced by the US in Iraq, no more than 30,000 civilian dead in Iraq, no need for more armored vehicles for our troops in Iraq).
Bradley Manning |
The political situation Manning faced was also unyielding. Long after the American public turned against Washington’s Forever Wars, they are still being pursued, and are killing thousands of innocent civilians for war goals that range from the highly unlikely to the utterly phantasmagoric. Manning’s leak was an act of desperation no different in intent from Bouazizi’s self-immolation. He intended to protest, by putting himself on the line. He wrote in chat room, “god knows what happens now — hopefully worldwide discussion, debates, and reforms — if not & we’re doomed.” He did not intend to get caught, but he must have known the risks. His was a cyberspace form of self-immolation, a career-ending, decisively life-changing act that, however foolhardy or possibly illegal, was certainly courageous.
President Obama belatedly praised “the courage and dignity of the Tunisian people” and said,
“The United States stands with the entire international community in bearing witness to this brave and determined struggle for the universal rights that we must all uphold, and we will long remember the images of the Tunisian people seeking to make their voices heard.”
So one of the universal human rights the Tunisians wanted was freedom from harsh conditions of detention when charged with thought crimes.
As a service member under arrest in preparation for a military trial, Manning lacks many of the protections of US civilians charged with wrongdoing, but there are military regulations about pre-trial treatment that his defense alleges are being violated. There are also provisions in international law to which the US is signatory and which may be being violated.»
(...)
Extractos de Bradley Manning and Mohamed Bouazizi do Professor Juan Cole
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
País de opereta (2)
Portanto, as responsabilidades são da prima.A Presidência do Conselho de Ministros (PCM) clarificou que o cartão de cidadão “serve apenas para identificar” e “não possui o número de eleitor” em chip ou sob qualquer outra forma., pelo que o Conselho de Ministros rejeita responsabilidades nas dificuldades em votar.
País de opereta
COMUNICADO(*)
A Comissão Nacional de Eleições foi confrontada com um elevado número de pedidos de intervenção de cidadãos que, pretendendo exercer o seu direito de voto, solicitavam informação precisa sobre os seus dados constantes do recenseamento eleitoral; de tal modo que não é possível aferir a verdadeira dimensão deste problema.
A Comissão, em cujos poderes se não insere a administração da base de dados do recenseamento eleitoral, encaminhou os eleitores para a entidade competente, a Direcção-Geral de Administração Interna, pelos canais por esta anunciados como disponíveis.
Constatou-se, ainda, que estes canais de informação responderam com uma dilação de tempo significativa, pelo que não foi possível a um número indeterminado de cidadãos aceder à informação necessária em tempo útil.
A Comissão Nacional de Eleições recomenda que, em futuros actos eleitorais, os dados constantes do recenseamento eleitoral possam, de forma eficaz e em tempo útil, ser acessíveis a todos os cidadãos que o solicitem, só assim se assegurando o livre e representativo exercício do direito de voto, constitucionalmente consagrado.
23 de Janeiro de 2011
Comissão Nacional de Eleições
Obs: itálicos meus.
Mães chinesas
À hora que escrevo, o artigo do Wall Street Journal, Why Chinese Mothers Are Superior, já foi alvo de 7289 comentários. Não sei se é um recorde mas é um bom indicador do interesse que suscitou. A sua autora, Amy Chua, é professora de Direito na Universidade de Yale.
Chua começa por escrever que «muitos se interrogam quanto à forma como os pais chineses orientam as suas crianças que, de acordo com o estereótipo, têm sucesso. Interrogam-se sobre o que fazem esses pais para "produzirem" tantos génios matemáticos e prodigiosos músicos, qual é o funcionamento dentro da família, e como é que esses muitos podem replicar essa "receita". Bem, posso responder-lhes porque também eu o fiz. Eis o nunca foi permitido às minhas filhas, Sophia e Louisa:
- dormir fora de casa
- ter um namorico
- (...)
- ver televisão ou ou jogos de computador
- escolher por si as suas próprias actividades extracurriculares
- ter uma nota menor que 5
- não ser o estudante nº 1 em todas as disciplinas à excepção de ginástica e teatro
- tocar um instrumento que não seja piano ou violino
- não tocar piano ou violino»
De todo pretendo sacralizar a "Mãe Chinesa" mas o artigo, que aconselho a ler até ao fim, suscita uma reflexão sobre o efectivo papel dos pais na educação dos filhos num sistema escolar público que tende a favorecer a percepção de que é ao Estado que compete educar as crianças (até porque é "gratuito"). A propósito deste artigo, Jeffrey Tucker discorre, magistralmente, sobre este papel.
Em defesa da escolha da escola
Joel Klein, à frente do Departamento de Educação da cidade de New York entre 2002-2010, procurou aumentar as possibilidades efectivas de escolha da escola por parte dos pais dos alunos, a autonomia e responsabilização dos directores das escolas e promovendo activamente as charter schools. (Via ReasonTv)
domingo, 23 de janeiro de 2011
A importância da compreensão da moeda
The best way to destroy the capitalist system is to debauch the currency. (ver google books)
Lenine
Print is the sharpest and strongest weapon of our party.
Stalin
Lenine
Print is the sharpest and strongest weapon of our party.
Stalin
Vaticano: contra o Keynesianismo, pró-Austríacos
Via o imprescindível Lew Rockwell, fiquei a saber que o responsável pelas finanças do Vaticano, Ettore Gotti Tedeschi, está muito preocupado com a consequência das políticas keynesianas seguidas de um e outro lado do Atlântico. Tedeschi, responsável pelo Instituto das Obras Religiosas, chama a atenção para a "nacionalização" da dívida privada nos EUA e a "privatização" da dívida pública na União Europeia. Em qualquer dos casos: «They destroy savings, which is an essential resource to create the base for bank credit; they promote speculation on real estate and securities, create illusory artificial values rather than scaling them down; they push consumption to more risky debt; they alter the market with artificial values and thus lead to belief that the very markets do not know how to correct themselves». Tedeschi, pedagogicamente, chega a aconselhar a leitura do livro - no que o autor deste blogue vivamente o acompanha -, lançado em 2009, e cuja capa replico na imagem à direita, "Where Keynes Went Wrong: And Why World Governments keep creating Inflation, Bubbles and Busts," pelo economista e filósofo americano Hunter Lewis, para desfeitear o argumentário keynesiano propiciador de cada vez maior intervenção do Estado na Economia e, por essa via, na vida dos cidadãos, sem qualquer benefício tangível. Bem pelo contrário.
Publish or perish?
Um autêntico post catch-22, por Peter Klein:
The founding principle of the Journal of Universal Rejection (JofUR) is rejection. Universal rejection. That is to say, all submissions, regardless of quality, will be rejected. Despite that apparent drawback, here are a number of reasons you may choose to submit to the JofUR:
You can send your manuscript here without suffering waves of anxiety regarding the eventual fate of your submission. You know with 100% certainty that it will not be accepted for publication. There are no page-fees. You may claim to have submitted to the most prestigious journal (judged by acceptance rate). The JofUR is one-of-a-kind. Merely submitting work to it may be considered a badge of honor. You retain complete rights to your work, and are free to resubmit to other journals even before our review process is complete. Decisions are often (though not always) rendered within hours of submission.
If I submit a paper titled “The Ubiquity of Knightian Uncertainty,” would that constitute a performative contradiction? »
Uma das coisas que fizemos bem
Como os outros nos vêem e nos analisam. No Pileus, A experiência portuguesa de descriminalização [do consumo] de drogas. Disponível, já há algum tempo, um livro branco sobre a experiência portuguesa no Cato Institute. Em ambos os casos, o juízo é bem positivo.
Do tecnológico SIMPLEX
No país do fantástico Plano Tecnológico, instanciado nos Magalhães, na Banda Larga, nas Energias Renováveis, no Carro Eléctrico e nas demais e aliás inúmeras maravilhas que nos têm sido proporcionadas pelo Grande Inovador, abreviadamente também conhecido pelo Ingº, é um pouco estranho que sucedam coisas como estas, especialmente num dia de eleições.
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Nota: a ler, Helena Garrido, num oportuno post.
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Nota: a ler, Helena Garrido, num oportuno post.
A invenção do sistema monetário
Na sequência deste post e também deste outro, a seguir se apresenta uma possível versão dos primórdios da criação da moeda enquanto depositária de valor (das poupanças previamente efectuadas):
Chevy Volt - primeiras apreciações
(Tradução livre de excertos de GM’S CHEVY VOLT IS A SCAM)
«O custo da versão ensaiada é de 45,000 dólares. Na realidade um pequeno híbrido onde se conseguem médias entre 30 a 40 mpg (milhas por galão) pelo dobro do custo de um hibrido assumido [quando a propaganda falava em 230 mpg]. Gastei 20,000 dólares pelo meu Honda Insight com o qual consigo 44 mpg. Só um tolo ou um palerma de Hollywood compraria um Chevy Volt.»
E agora a Grande Mentira Verde. Os Ambio-Nazis proclamam que este carro é o salvador do ambiente. Irá reduzir a nossa dependência do petróleo árabe (à excepção da gasolina para o seu motor). Necessitar-se-á de ligá-lo à corrente durante 4 horas todos os dias para tirar partido da bateria. Ora o gráfico abaixo evidencia as utilizações e fontes de energia nos EUA. Para desânimo dos verdejantes, 51% da electricidade provém do carvão e 17% do nuclear. Apenas 9% provém de fontes renováveis e a maior parte é de origem hídrica. Menos de 2% da nossa electricidade é proveniente da energia eólica ou solar.
Clicar para ver melhor |
sábado, 22 de janeiro de 2011
A teoria austríaca dos ciclos económicos
Para quem queira perceber, no quadro conceptual de Mises e Hayek, o porquê das bolhas e subsequentes crises. (Pode fazer aqui o download do ppt usado nesta apresentação)
Fundador do Greenpeace explica o spin do AGW
P: Se não há prova [de aquecimento global de origem antrogénica], então qual a razão porque nos querem aterrorizar com o Armagedeão? Qual a razão de ser da sua agenda?
R: Há uma poderosa convergência de interesses entre cientistas que procuram subsídios e bolsas, os media que procuram cabeçalhos, universidades que procuram financiamentos junto das maiores instituições, fundações, grupos ambientalistas e políticos que pretendem fazer crer que estão a salvar as futuras gerações. Até a comunidade científica se deixou politizar quanto às alterações climáticas.
Patrick Moore, fundador do Greenpeace, entrevistado na Fox, a propósito do lançamento do seu novo livro "Confessions of a Greenpeace Dropout"
(Via SPPI blog)
David contra Golias: ganha a mente humana
Os computadores são vistos por muitos como fetiches chegando mesmo a ser-lhes atribuída uma inteligência (quando não uma temperamentalidade...) com que cada um de nós, pobres humanos, somos impotentes. Curiosamente, apesar deste fetichismo, é também frequente ouvirmos falar em "erro informático" para explicar situações tão diversas quanto atrasos nos pagamentos de ordenados, notificações abusivas por parte das Finanças, etc.
Nestas coisas do Clima e da Meteorologia (mas também da econometria [Economia matemática]) é igualmente frequente ouvirmos, por parte dos responsáveis pelas departamentos das Universidades e Institutos onde se estudam estas disciplinas, reclamar por maior poder computacional para que as previsões resultantes da aplicação dos seus modelos (representações [muito] simplificadas da realidade que é objecto de estudo) sejam melhores, isto é: que a previsão e a realidade se aproximem.
Vejamos, por exemplo, o caso do Met Office, situado no Reino Unido, um dos principais centros mundiais dedicados à previsão no campo da Meteorologia e do Clima. Em Maio de 2009, foi instalado o supercomputador no valor de 30 milhões de libras, sensivelmente equivalente a 100 000 PC's e com uma memória de 15 milhões de megabytes (*).
Actual supercomputador do Met Office |
Sucede que os resultados desta supermáquina têm sido superpobres. Previu que os Invernos de 2009 e 2010 fossem amenos e a realidade efectiva foi um frio de rachar acompanhado de um espesso manto de neve; previu que o Verão de 2009 fosse um BBQ Summer (um Verão barbecue) e o resultado foram inundações, etc.
Sucede que, enquanto o Met Office previa um Verão ameno para 2010/2011 havia quem previsse um novo Inverno muito rigoroso. Piers Corbyn foi um deles. Bryan Leyland, outro. Os dados que usaram são públicos e a ferramenta de eleição, esta:
Portátil comum |
Assim, da próxima vez que ouvir dizer que houve um erro informático, tenha a certeza de uma coisa: a máquina não se engana, os homens que a programaram, sim. Inversamente, não é o computador que "acerta" ou "prevê". O homem, sim. Só ele. A máquina, essa, faz só que lhe disserem que faça.
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(*) - Depois das "barracas" sucessivas do Met Office, claro que os seus responsáveis as atribuem ao insuficiente (!) poder computacional de que dispõem (mais 20 milhões de libras/ano).
O lado negro da inflação... é a morte
«Estão-se a multiplicar motins pelos países em vias de desenvolvimento. Tunísia, Algéria, Omã e mesmo o Laos estão vendo surgir protestos violentos em resposta à tremenda subida dos preços dos bens alimentares.
Na expressão de Abdolreza Abbassian, economista chefe da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, "[e]stamos a entrar em território perigoso".
O que se está a passar?
Uma tempestade resultante de um aumento da procura, de más colheitas por parte de alguns dos maiores exportadores mundiais (Argentina, Rússia, Austrália and Canadá) mas, e sobretudo, devido à acção da Fed a bombear moeda.
Se não acreditam, deêm uma olhadela ao gráfico abaixo que evidencia o andamento do índice das mercadorias agrícolas (Rogers Agricultural commodities index):
Como se verifica, só quando a Fed anunciou o seu programa QE lite é que se verificou uma explosão dos preços agrícolas bem acima da tendência de longo prazo. E caso houvesse dúvidas, o anúncio do QE 2 levou-os a níveis absolutamente estratosféricos.»
(Tradução minha de excertos do The Darker Side of Inflation… is Death no Zero Hedge)
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Nota: repare-se que nos países em vias de desenvolvimento o peso das despesas em alimentação no total dos rendimentos chega a atingir os 80 a 90% (contra 10 a 20% nos países desenvolvidos). Não obstante, esta fortíssima alta nas commodities (agrícolas ou não) não isenta os países desenvolvidos dos seus efeitos. Exemplo disso mesmo é o que se está a verificar nos EUA relativamente a toda a cadeia a juzante da produção de milho, onde a obrigatoriedade federal de adicionar etanol aos combustíveis (e a recente decisão da EPA de elevar a mistura de etanol de 10 para 15% nos combustíveis) constitui um factor adicional de escassez que tem como consequências, entre outras, o acéscimo substancial dos custos nas rações de animais, no preço da carne, etc.
Desta vez é que é
(Expresso, 21-01-2011) |
De onde se reforça o que tem sido uma evidência pelo menos desde 2008. (O título do post alude a um livro muito importante de Carmen Reinhart e Keneth Rogoff que saiu em 2009, This Time Is Different: Eight Centuries of Financial Folly)
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